Elen Dantas é a presidente do Conselho Nacional de Juventude 

O Conselho Nacional de Juventude elegeu dia 16 de março sua nova presidente, Elen Marques Dantas, membro da Pastoral da Juventude. Essa é a primeira vez que a sociedade civil assume a presidência do Conselho, antes comandado pela secretária-adjunta da Sec

''Nosso maior desafio é justamente fazer com que essa temática ganhe visibilidade e que nós, enquanto Conselho Nacional de Juventude, possamos influir nas políticas públicas e consolidar de fato o conselho como controle social'', afirmou a nova presidente. De acordo com Elen, o Conselho pretende discutir e analisar, neste ano, programas voltados para a juventude. Outro tema debatido durante a eleição do Conselho foi a articulação dos programas de juventude, orçamento de políticas públicas e a redução da maioridade penal.


 


De origem ribeirinha, Elen ingressou na militância juvenil em 1999 na Pastoral da Juventude, assumindo posteriormente a Secretaria Nacional da Pastoral da Juventude. Segundo ela, a intenção é estreitar a relação do conselho com os movimentos de juventude, diferentes fóruns e redes que buscam a intervenção política e o controle social. Sobre a maioridade penal, Elen garante que não será com a redução da idade penal que a violência irá diminuir. Para ela, a questão da violência envolve a falta de educação, de emprego, de acesso e de oportunidade.


 


A ex-presidente do Conselho Nacional da Juventude, Regina Novaes, fez um balanço positivo da antiga gestão. Segundo ela, a juventude passou a ser tratada como questão prioritária nos espaços públicos nos últimos anos, o que significou um grande passo para a consolidação do tema. ''É preciso lidar com a diversidade da juventude para, a partir daí, lidar com políticas públicas. É preciso olhar para esses jovens que estão em conflito com a lei para assegurar direitos e criar oportunidades de crescimento. Nesse sentido, o trabalho do Conselho avançou bastante. Estamos conseguindo criar uma nova cultura'', disse.


 


O Conselho


 


O Conselho Nacional de Juventude foi criado pela Lei nº 11.129 de 30 de junho de 2005 e tem as atribuições de formular e propor diretrizes da ação governamental voltada à promoção de políticas públicas para a juventude, fomentar estudos e pesquisas acerca da realidade sócio-econômica juvenil e o fazer o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais.


 


O Conselho é composto por 60 membros, sendo 20 do governo federal e 40 da sociedade civil. A representação do poder público contempla, além da Secretaria Nacional de Juventude, todos os Ministérios que possuem programas voltados para juventude, a Frente Parlamentar de Políticas para a Juventude da Câmara dos Deputados, o Fórum Nacional de Gestores Estaduais de Juventude, e representantes das associações de prefeitos. De acordo com o decreto que regulamenta o Conjuve, a escolha dos presidentes e vice-presidentes deve ser realizada de forma alternada entre sociedade civil e governo. A parcela da sociedade civil, maioria no Conjuve, reflete a diversidade de atores sociais que podem contribuir para o sucesso da Política Nacional de Juventude. Há representantes dos movimentos juvenis, organizações não-governamentais, especialistas e personalidades com reconhecido trabalho voltado para a juventude.