Denúncia: Pentágono fabrica depoimentos de ''terroristas''?

Têm sido reproduzidos diariamente na mídia os depoimentos de dezenas de prisioneiros, detidos no campo de concentração de Guantânamo, a respeito dos supostos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. No entanto, um deles é sui generis: o detido teria c

Khalid Shaikh Mohammed, apresentado pelo regime americano como suposto autor dos ataques de 11 de setembro, confessou o assalto a um banco fundado após a sua prisão. ''Fui responsável pelo planejamento, treinamento, supervisão e financiamento dos ataques ao (…) Plaza Bank, estado de Washington'', disse ele na confissão extorquida no campo de concentração de Guantânamo.  A prisão de Khalid aconteceu em 2003 e o referido banco foi fundado em 2006.


 


O ceticismo sobre as ''confissões'' de KSM, como é conhecido na mídia, pipocaram em todas as partes, arruinando a credibilidade do Pentágono e dos tribunais militares e provocando outras questões, de qual seria o motivo de um dos mestres da al-Qaida admitir o envolvimento em um sem número de ataques.


 


Depois da mídia americana ter descoberto o problema, autoridades americanas admitiram, na condição do anonimato, que o depoimento não foi apurado e que as confissões de KSM foram nitidamente exageradas, embora insistissem que a responsabilidade no susposto atentado ''de A a Z'', como diz o título do depoimento, é genuína.


 


Um ex-agente da CIA, Robert Baer, também expressou suas dúvidas, questionando os motivos do Pentágono em revelar o depoimento. Para Baer, o Pentágono joga a responsabilidade do assassinato de Danny Pearl, correspondente do jornal Wall Street Journal, nas costas de KSM, enquanto as investigações, feitas pelo governo paquistanês, apontavam para outra direção.


 


Segundo o próprio presidente, Pervez Musharraf, o assassinato, investigado em setembro de 2006, teria sido cometido por Omar Sheikh, um ex-agente do serviço secreto britânico, o MI-6. Na transcrição da confissão de KSM sobre o assassinato, o Pentágono omitiu os trechos que o prisioneiro indicava o envolvimento do Mossad (serviço secreto israelense) e da CIA.


 


Baer também duvida do que KSM afirma em relação à bomba explodida no World Trade Center em 1993, já que o depoimento esconde debaixo do tapete a participação de agentes do FBI (A polícia secreta interna americana), que teriam fornecido à célula terrorista o material para a fabricação do artefato explosivo.


 


Além disso, conta Baer, KSM era um dedo-duro conhecido pelos agentes da CIA nos anos 1980, participando ativamente como pombo-correio entre a espionagem americana e os ''Mujaedins'' afegãos, que lutavam contra a ocupação soviética.


 


Outro aspecto interessante, encoberto pelo Pentágono, é que KSM recebeu o visto de visita aos EUA, concedido pelas autoridades de Nova York, apenas seis semanas antes dos ataques de 11 de setembro.


 


Em uma pesquisa online feita pela emissora americana CNN, 74% das pessoas não acreditam que os depoimentos de KSM e de outros supostos ''terroristas'' sejam verdadeiros.


 


Com informações do Resistir. Info e do site da resistência iraquiana, Uruknet.info