Israel oficializa boicote ao governo palestino

O governo de Israel decidiu neste domingo (18), por 19 votos a favor e duas abstenções, manter o boicote ao novo Executivo de união nacional palestino, integrado por membros do Fatah e do Hamas. O Executivo israelense apoiou a proposta do primeiro-ministr

Na reunião de hoje do gabinete de ministros de Israel, os dois ministros que se abstiveram foram o representante da minoria árabe Raleb Majadele e a ministra da Educação Iuli Tamir. Ambos são do  Partido Trabalhista, que participa da coalizão governista.



Olmert afirmou que não fará contatos com o novo governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), mas manterá sua relação com o presidente Mahmoud Abbas.
Ao rejeitar o reconhecimento do novo Executivo palestino, Olmert argumentou que ele não cita em seu programa de governo as “três exigências” da “comunidade internacional” (leia-se Estados Unidos): renúncia à violência,  reconhecimento do Estado de Israel e dos acordos anteriormente firmados.



“Não podemos manter contatos com o governo (palestino) ou com ministros que fazem parte dele, levando em conta que este Executivo não admite as condições da comunidade internacional”, disse Olmert aos membros de seu gabinete.



Europeus podem abandonar bloqueio



O governo de coalizão formado na semana passada tem a participação de todas as correntes da opinião pública, inclusive o Hamas e a Al Fatá, que nos últimos meses se enfrentaram de armas nas mãos e estiveram à beira de uma guerra civil.  Ismail Haniyeh, do Hamas, foi mantido como primeiro ministro. Mas o Hamas não tem maioria, em um gabinete integrado por vários independentes, representantes da Al Fatá e comunistas.



Com o governo de coalizão, os palestinos esperam romper o bloqueio imposto pela “comunidade internacional” desde a vitória do Hamas nas eleições de janeiro passado. Assim que o gabinete tomou posse, foi reconhecido pela Dinamarca. Existe a possibilidade de outros países da Europa abandonarem a posição de intransigência defendida por Israel e pelos EUA.
Da redação, com agências