Chávez pressiona por partido único governista

Sobre os critérios expostos pelo Podemos para expressar reservas sobre a in corporação ao PSUV, o presidente pediu sinceridade. “Digam a verdade, porque talvez não gostem de nosso lema, “Pátria, socialismo ou morte”, afirmou.

“Se querem ir-se embora, que se vão, mas não é preciso sair atirando pedras para justificar a decisão”, comentou Chávez. Ele também pediu aos dirigentes de Podemos que definam se estão se opondo ao sistema econômico proposto.

Chávez também criticou declarações do presidente do PCV (Partido Comunista da Venezuela), Jerónimo Carrera, que qualificou de “lumpen-proletariado” aos “buhoneros” (“camelôs”) na entrevista em que justificou a não adesão do PCV ao Psuv.

Hugo Chávez recordou que, quando iniciou sua campanha presidencial, o MAS (Movimento Ao Socialismo) da época não o apoiou; foi de cisões do MAS que nasceram o Podemos e o Causa R, origem do atual Pátria Para Todos, PPT.

“Não estou correndo com eles. Quero apenas uma revolução verdadeira, afastada do clientelismo político e do sectarismo”, disse o governante, ao mesmo tempo em que destacou a decisão de outras organizações de esquerda de se integrarem ao Psuv.

Chávez declarou que o MVR (Movimento Quinta República), fundado por ele, “cumpriu uma tarefa histórica” e agora é preciso um partido novo, que assuma junto ao povo a bandeira ideológica do projeto socialista bolivariano(de Simón Bolívar) e humanista.

Confirmou também que no sábado que vem (24) acontecerá uma primeira e multitudinária reunião do Psuv, para ativar os chamados Batalhões Socialistas, integrados por militantes de base da nova agremiação. Ele pediu aos jovens, mulheres, indígenas, brancos, negros, operários e camponeses que se incorporem ao partido, mas que primeiro se interroguem se são verdadeiros socialistas.

O presidente venezuelano apresentou seu projeto de um partido unido da força de esquerda para aprofundar as mudanças que ele encabela desde 1999 e iniciar a construção do socialismo em seu mandato de 2007-2013.