Equador: Grupo de 17 deputados invade à força o Congresso

Um grupo de 17 deputados equatorianos, parte dos 57 que foram destituídos, entrou nesta terça-feira (13/3)à força no edifício do Parlamento. O vice-presidente do Congresso, Edison Chávez, e outro deputado ficaram feridos.

Segundo o canal Telamazonas, primeiro entraram oito parlamentares do partido Sociedade Patriótica, do presidente deposto Lucio Gutiérrez, e do Prian, do milionário Álvaro Noboa. Os deputados chegaram juntos pelos fundos do edifício, acompanhados de vários assessores, e a polícia tentou impedir a passagem, segundo determinações do ministro de Governo (Interior), Gustavo Larrea.



No entanto, pediram ao presidente do Congresso, Jorge Cevallos, do Prian, para que mandasse outro grupo policial pertencente à escolta legislativa. Por telefone, Cevallos determinou à escolta que deixasse os parlamentares entrarem.



Depois, outro grupo de nove deputados também tentou entrar no Congresso à força. Entre eles estava o deputado Hugo Romero, do Prian, que desmaiou. Os deputados de seu partido o carregaram aos gritos de ''assassinos'' e culparam o governo e os policiais pelo episódio, informou o Telamazonas.



Segundo membros da escolta legislativa, Romero se jogou de um andar alto para tentar entrar no prédio. O médico do Congresso, Patricio Varsallo, informou que ele sofreu ''um trauma na região lombar devido à queda'' e que seu estado de saúde é estável.



Além dele, também ficou ferido o vice-presidente do Congresso, Edison Chávez. Segundo o médico, ele teve os olhos atingidos por gás lacrimogêneo, mas passa bem. Os dois feridos foram levados a hospitais da capital.



Em declarações à imprensa local, Cevallos havia dito serem necessários pelo menos 51 deputados para instalar a sessão extraordinária convocada para esta terça. Mas o quorum não foi atingido com os 43 deputados que restaram e, por isso, seria necessária a presença de vários dos deputados cassados.



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