Israel planeja assentamento ilegal gigantesco

O governo de Israel planeja há algumas semanas a construção, em Jerusalém Oriental, do que será o maior assentamento judaico em território palestino, informou nesta quinta-feira (1°/3) o jornal Ha'aretz.

O assentamento, que terá cerca de 11 mil casas para famílias ultra-ortodoxas, deverá ser construído perto do muro do apartheid, que Israel constrói de forma ilegal na Palestina. O centro do assentamento será próximo do posto de controle de Kalandia, que separa o norte de Jerusalém da cidade de Ramalah, na Cisjordânia.


 


Um deputado do Kadima, partido do governo, confirma a notícia e diz que o município de Jerusalém está “feliz com a ideia”, mas o ministro da Construção e Habitação, Meir Sheetrit, nega que o plano esteja em andamento.


 


Segundo ele, o projecto ainda está em fase embrionária e ainda não foi formalmente apresentado ao primeiro-ministro, Ehud Olmert, mas tudo indica haver interesse de Israel em ocupar a área em questão.


 


“É uma loucura pôr milhares de judeus ultra-ortodoxos no coração de uma zona árabe densamente povoada. Ninguém pode imaginar como viverão ali, é como viver no meio de Ramalah”, disse um ex-prefeito de Jerusalém, Meron Benvenisti, enquanto o advogado Danny Zindman, da associação Ir Amim (cidade dos povos) diz que o plano levará à “balcanização” de Jerusalém. O jornal não ouviu autoridades nem representantes palestinos.