Brasil e Bolívia estão satisfeitos com acordo, diz Garcia

“Estamos muito satisfeitos, tanto os bolivianos quanto os brasileiros”, resumiu Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais. Garcia concedeu entrevista na noite desta quarta-feira (14/2), após nove hora

Os dois governos, segundo Garcia, chegaram a acordo sobre dois assuntos. O primeiro, já anunciado, é o acordo sobre o preço pago por uma termelétrica privada no Brasil para comprar o gás boliviano. O segundo é “a questão mais geral, que é o acordo gasífero entre Brasil e Bolívia”.



“Chegamos a um acordo que tem substância política, econômica e que evidentemente terá que ser materializado de forma jurídica”, afirmou Garcia. O assessor de Lula para assuntos internacionais considedera que as medidas que serão anunciadas nesta quinta-feira (15) têm “grande importância inclusive para pensar o futuro do desenvolvimento econômico e social da Bolívia”.



Mato Grosso
Os governos brasileiro e boliviano chegaram a acordo sobre o preço pago pela Usina Termelétrica Governador Mário Covas. Atualmente, a usina paga US$ 1,19 por milhão de BTU (sigla em inglês para Unidade Térmica Britânica). No acordo, o preço pago passa a ser de US$ 4,2. O reajuste vale a partir de abril, segundo o Ministério de Minas e Energia.



A termelétrica, que abastece 70% da energia consumida em Cuiabá, é administrada pelo consórcio privado Pantanal Energia, formado pelas empresas Shell e Prisma Energy. “É a primeira vez que se consegue um aumento dessa dimensão”, comemorou o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em entrevista à Agência Boliviana de Informação, veículo estatal. Segundo ele, o reajuste vai representar um ganho extra de US$ 68 milhões por ano à Bolívia.