Lula: PAC pode ter R$ 1 tri com participação de empresários

Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem chegar a R$ 1 trilhão com a ajuda dos empresários. A avaliação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da cerimônia de assinatura de contratos para a construção dos de

“Se, para cada real que o governo federal colocar, a iniciativa privada colocar um real, poderemos chegar com certa facilidade a R$ 1 trilhão de reais de investimento”, disse Lula, no Porto de Suape (PE).



A construção dos dez petroleiros faz parte das medidas econômicas do programa. No total, o PAC prevê 26 novos navios até 2012, sendo que 15 devem ser entregues até 2010, com custo de R$ 4,1 bilhões. Para a construção das dez primeiras unidades, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai liberar R$ 2,47 bilhões, o maior financiamento já concedido ao setor naval. Cada navio terá capacidade de transportar 145,8 mil toneladas e os petroleiros ficarão prontos em 69 meses. De acordo com estimativas do BNDES, serão abertos 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos.



O PAC prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010. Desse total, R$ 436,1 bilhões virão das estatais federais e do setor privado e R$ 67,8 bilhões do governo federal. O presidente lembrou que a encomenda mais recente de uma embarcação foi feita em 1989, para a construção do navio “Livramento”, que só foi entregue em 1996.



“Um dia”, disse Lula, “teve alguém que, de forma irresponsável, disse que o Brasil não iria produzir navios, e sim terceirizar sua frota”, disse. O presidente afirmou também que o fato de ter escolhido Pernambuco para assinar o primeiro contrato do PAC não significa que esteja privilegiando o estado. O início da parceria entre os governos federal e estadual foi simbolizado com um nó desatado, dando largada ao ato.



O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e os representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Daniel Fioca, do estaleiro, Eric Guadalupe, e da Construtora Camargo Corrêa, Edílson Costa, participaram do ato. Cerca de R$ 2,47 bilhões serão liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que a Petrobras e o estaleiro Atlântico Sul efetivem a iniciativa.