5º Bienal: UNE cobra investimentos e reforma universitária

Um dos debates mais prestigiados do 5º Bienal de Arte, Ciência e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE) – que está acontecendo na cidade do Rio de Janeiro até o dia 2 de fevereiro – foi “A Reforma Universitária e as novas formas de ingresso na Uni

Com a presença de reitores e lideranças do movimento estudantil o público refletiu sobre as alternativas para a democratização do acesso as universidades públicas. Para Malvina Tânia, reitora da UniRio, “a universidade brasileira é elitista e mantenedora de uma estrutura social excludente; com raras exceções, não cumpre seu papel de formar profissionais cidadãos, comprometidos com a realidade de seu país”.


 


Com a proposta de criar uma “universidade nova”, projeto que sugere alterações curriculares para o setor, o reitor da UFBA constatou que o modelo de ensino superior no Brasil data da Europa do século 20. “A proposta de uma nova universidade passa necessariamente por uma reestruturação. Hoje, a concepção de conhecimento é fragmentada. É preciso criar uma estrutura modulada que dê ao estudante, opções para que ele construa a sua formação”, destacou o reitor.


 


Expondo os anseios de quem está do outro lado do muro das universidades, o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Thiago Franco, questionou o vestibular, o qual classificou como excludente. Thiago recebeu respaldo de todos os componentes da mesa. “Esse processo valoriza quem teve oportunidade, quem teve acesso à informação”, disse. “Um começo é o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas entidades estudantis, que sempre discutem formas de inclusão como as cotas, por exemplo.”


 


O presidente da UNE, Gustavo Petta, reforçou o que precisa ser modificado nas universidades brasileiras. “É preciso discutir essa instituição como elemento transformador da sociedade. Temos que lutar por mudanças profundas. Agora é o momento de cobrarmos mais investimentos para que a universidades atenda as verdadeiras necessidades do país, com mais recursos para a pesquisa e para a extensão”, disse.