Estudantes continuam protesto em Salvador

Os estudantes de Salvador, Bahia, protestaram mais uma vez nesta quarta-feira (24/1) contra o aumento das tarifas de transporte coletivo autorizado pelo prefeito João Henrique (PDT). O aumento da passagem de ônibus de R$ 1,70 para R$ 2,00 começou a vig

A passeata dos estudantes partiu ao meio dia do bairro da Mouraria, região central da capital, percorrendo a Avenida 7 de Setembro. Na Praça Municipal, dezenas de seguranças enfileirados nas escadarias da sede da Prefeitura estavam dispostos a usar a força para impedir a aproximação dos manifestantes que buscavam conseguir uma audiência da comissão de representantes das entidades estudantis (UNE, UBES, UEB e ABES) com o prefeito.


 


A indignação dos estudantes aumentou quando um potente trio elétrico procurava abafar as palavras de ordem ditas ao microfone de um carro de som e repetidas em coro. 


 


Impedidos de ter acesso à prefeitura, os manifestantes desceram para o bairro do Comércio, na Cidade Baixa, em direção à sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (SETEPS), onde exigiram o passe livre por meio de pichações e gritando palavras de ordem. Numa demonstração de ousadia, alguns manifestantes fixaram a bandeiras da UBES e da ABES no alto do edifício do SETEPS.
 



“Somos contra o aumento da tarifa. Achamos que R$ 2,00 é um valor alto para a população e aumenta a exclusão. Muitos estudantes terão que ir à aula em dias alternados porque não possuem o dinheiro para o transporte todos os dias. Além disso, pagamos muito caro por um péssimo serviço. Ônibus velhos circulam lotados em horários inadequados”, declarou o presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Juremar Oliveira. O líder estudantil disse que o passe livre para estudante precisa ser implantado em Salvador. “Essa medida é uma realidade no Rio de Janeiro, por exemplo.” Para Juremar, o debate sobre a qualidade do transporte coletivo em Salvador é também emergencial.


 


Os estudantes voltam a se reunir na quinta-feira (25/1) para discutir a continuidade do protesto contra o aumento da passagem de ônibus, reforçados com a declaração de ilegalidade da nova tarifa feita pelo Ministério Público.