Sem cláusula de barreira, apenas duas fusões sobrevivem

Depois de muito barulho durante o ano passado, o Congresso Nacional reabre em fevereiro com 27 partidos em vez de 29. Das muitas fusões anunciadas no fim do ano, em virtude da cláusula de barreira, apenas duas sobreviveram.

Numa delas, o Partido dos Aposentados da Nação (PAN) foi incorporado ao PTB.



Na outra fusão, o Partido Liberal (PL) e o Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona) juntaram-se para formar uma nova legenda, o Partido da República (PR), que aguarda a confirmação da Justiça eleitoral até o fim do mês.



O PR, fundado em 26 de outubro, herda o número 22, que era do PL. Ele começou a vida com 25 deputados federais em janeiro – já somados os dois do Prona, Enéas Carneiro, de São Paulo, e Suely Santana, do Rio de Janeiro. Mas uma lista provisória do PR, na internet, apresentava nesta segunda-feira (15/1) 36 nomes. No Senado, a sigla terá três representantes, um dos quais o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (AM).



Essa bancada pode crescer nas próximas semanas, se for confirmada a adesão do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que deixou o PPS. No fim da semana, Maggi foi a Manaus discutir o assunto com o ex-ministro Nascimento, que talvez volte ao cargo no novo governo Lula. Maggi pode levar consigo outros deputados – e assim o PR deverá começar sua vida em plenário com três nomes de peso, o vice-presidente José Alencar, um possível ministro e um governador. A bancada será a quinta maior no Congresso, atrás apenas de PMDB, PT, PSDB e PFL.



Da redação, com informações da Agência Estado