Diretor musical de Chico atesta evolução do cantor no palco

Com a autoridade conferida por mais de três décadas de trabalho ao lado de Chico Buarque, o violonista Luiz Cláudio Ramos, diretor musical de ''Carioca'', garante: ''Chico evoluiu em todos os sentidos. Está muito mais à vontade no palco, hoje é até perfor

Luiz Cláudio Ramos, hoje com 57 anos, gravou pela primeira vez com o compositor em 1973 – e começou bem, na canção ''Bárbara'', do disco com as músicas para a peça ''Calabar'',  de Chico e Ruy Guerra. Nos anos 80, virou o violonista em seus shows e, a partir de 1989, acumulou a função de diretor musical. Desde então, ele é, musicalmente falando, o homem por trás de Chico Buarque. E como o responsável pelos arranjos, Ramos confirma novamente a tal evolução.



''Chico tem uma intuição fantástica. O caminho harmônico já vem delineado e, em meus arranjos, eu procuro saber o que ele quer dizer musicalmente'', afirma.



Segundo o violonista e arranjador, hoje as músicas de Chico são mais complexas, mas sem perder o apelo. ''São complexas, mas você pode assobiar. Um dos trunfos do Chico é conseguir fazer o difícil soar fácil. E durante a turnê a gente percebe que o público já faz coro em muitas das canções novas'', afirma.



Rio de Janeiro
Desde 30 de agosto na estrada, a turnê de ''Carioca'', show homônimo ao mais recente disco lançado por Chico, estréia hoje no Rio de Janeiro, em uma temporada que se estenderá até 11 de fevereiro.



Antes de chegar ao Rio, o show passou por São Paulo, Belo Horizonte, Campinas, Ribeirão Preto e Lisboa. Além de Luiz Cláudio Ramos, tocam ao lado de Chico João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Wilson das Neves (Bateria), Chico Batera (Percussão), Jorge Helder (contrabaixo) e Marcelo Bernardes (flauta e sopros).