Democratas voltam a controlar o Congresso norte-americano

Os democratas norte-americanos assumiram nesta quinta-feira (4/1), pela primeira vez em 12 anos, o controle do Congresso, determinados a pedir explicações ao presidente George W. Bush sobre a atual situação iraquiana e a promover um ambicioso programa eco

Quase 500 parlamentares eleitos ou reeleitos – um terço do Senado e todos os 435 membros da Câmara dos Representantes – prestarão juramento diante do vice-presidente Dick Cheney, que também é o presidente do Senado.



A cerimônia oficial marcará a chegada de personalidades políticas completamente opostas ao presidente Bush, como Nancy Pelosi, a primeira mulher eleita presidente da Câmara dos Representantes, e Harry Reid, o novo líder da maioria democrata no Senado.



Depois das eleições legislativas de 2 de novembro, em que os republicanos foram amplamente derrotados e perderam a maioria, a guerra no Iraque – fonte de insatisfação crescente nos Estados Unidos – estará nas próximas semanas no centro da atenção dos democratas.



Tom Lantos, um sobrevivente do Holocausto que depois de ter votado a favor da guerra no Iraque se declarou partidário do diálogo com a Síria e com o Irã, dirigirá a comissão das Relações Exteriores da Câmara.



Por sua vez, o influente senador Joseph Biden, candidato potencial às eleições presidenciais de 2008, presidirá a comissão das Relações Exteriores do Senado. Ele já antecipou uma dezena de audiências sobre a guerra no Iraque, com o depoimento da secretária de Estado, Condoleezza Rice.



Consensos
Os democratas consideram que após seis anos de total dominação republicana, o presidente deverá se mostrar conciliador para conseguir adiantar seu programa no Congresso nos dois anos que restam de seu mandato.



“A campanha dos democratas foi baseada na idéia do consenso, e queremos trabalhar com o presidente. Esperamos, porém, que quando George W. Bush falar em 'consenso', ele queira dizer outra coisa diferente do que 'vamos fazer o que eu achar melhor'”, frisou o senador democrata Charles Schumer.



Da redação, com agências