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Socorro Gomes assume Secretaria de Direitos Humanos no Pará

Tomou posse nesta terça-feira (2/1), no Centro de Convenções de Belém (PA), o novo secretariado da governadora Ana Júlia Carepa. Entre os integrantes da equipe de governo, assumiu o posto de secretária da Justiça e Direitos Humanos a dirigente comunista S

Plenamente alinhada com o governo do presidente Lula, a nova governadora do Pará afirmou que a prioridade do seu governo será “o combate à exclusão social e a melhoria da distribuição de renda.” A governadora enfatizou que “o Pará precisa se desenvolver para beneficiar a todos , não uma minoria”. Ela prometeu dar combate sem tréguas ao trabalho escravo, firmar uma posição de força do Pará na federação, impedir a devastação ambiental e uma administração transparente e honesta.



Eleita por ampla coalizão integrada pelo PT, PCdoB, PSB e o PMDB de Jader Barbalho (este último no segundo turno), Ana Julia escolheu uma equipe de governo de excelência técnica e administrativa, contemplando ao mesmo tempo critérios políticos. Num quadro de forte hegemonia da corrente que lidera no PT, a Democracia Socialista, a governadora escolheu representantes de todos os partidos da coalizão.



Nova etapa
Socorro Gomes representa o PCdoB, aliado de primeira hora que teve participação decisiva na campanha eleitoral, inclusive no momento crucial de definição da candidatura ao principal cargo em disputa, o governo do estado, posicionando-se a favor da candidatura de Ana Júlia.



A dirigente comunista encara com otimismo o novo momento político que vive o estado: “A eleição de Ana Júlia  abre uma nova etapa na vida política no Pará. É uma vitória do povo e de todas as forças democráticas que marcharam unidas na campanha, principalmente no segundo turno. Ana Júlia foi eleita defendendo novas idéias, novo programa e assumindo novos compromissos. O nosso governo tem pela frente a grande tarefa de impulsionar mudanças políticas, econômicas e sociais superando a herança negativa deixada por 12 anos de governos do PSDB”, afirmou Socorro.



Na área em que será a responsável – Justiça e Direitos Humanos – Socorro Gomes partirá das próprias orientações estabelecidas pela governadora, emanadas dos compromissos de campanha: promover cidadania, justiça e direitos humanos.



Histórico
A nova secretária está apta para a tarefa. Foi no movimento social, como ativista na luta por direitos sociais e justiça, na luta contra as odiosas discriminações características da sociedade paraense, que Socorro Gomes afirmou-se como liderança política no estado com projeção nacional. Foi a militância nessa área que lhe conferiu um mandato de vereadora e quatro mandatos de deputada federal, além de uma gestão vitoriosa à frente da Delegacia Regional do Trabalho. Foi também assim que ela se tornou dirigente do Cebrapaz, entidade com projeção internacional na luta pelos direitos dos povos e pela paz mundial.



Socorro Gomes tem consciência do enorme desafio que irá enfrentar: “O estado do Pará é caracterizado por uma sistemática violação dos direitos humanos. Ostenta o vergonhoso título de campeão em trabalho escravo, foi palco de massacre de trabalhadores rurais sem terra, de assassínios de sindicalistas rurais, advogados, religiosos e defensores dos direitos humanos, como os irmãos Canuto, Paulo Fonteles, João Batista, a irmã Dorothy e tantos outros. Aqui faltam direitos básicos, como o de possuir documentação, pois há um grande número de pessoas pobres que sequer possuem certidão de nascimento”.



Ela acredita, porém, que está em condições de mobilizar as energias da militância dos partidos políticos e dos movimentos sociais, de pessoas destacadas do mundo jurídico, de outras instituições da sociedade civil e em sinergia com os demais órgãos do governo, para realizar “um grande mutirão de justiça”.



Em seu plano de gestão, no quadro da orientação geral do governo, Socorro priorizará a elaboração e aplicação de políticas públicas que propiciem cidadania e justiça para os excluídos e o combate às discriminações. “Vamos mobilizar as mulheres, os negros, os índios, os jovens para lutar contra as discriminações que sofrem”.