Base do governo pode chegar a 47 senadores, calcula Viana

Escaldados pelo frágil desempenho da base governista no Senado no primeiro mandato do presidente Lula, líderes do governo preparam uma ofensiva para fortalecer a sustentação na Casa. A expectativa, segundo o senador Tião Viana (PT-AC), é de reunir este

 


A situação do governo seria bem mais confortável do que a da legislatura passada, quando a soma dos votos da base ficava em torno de 38 parlamentares. Para Tião, a meta de expandir a base se sustenta na aliança com o PMDB, que crescerá de 18 para 20 votos, nos 22 votos do PT e de seus aliados do bloco e em prováveis adesões de senadores recém-eleitos.


 



Entre os nomes com que o Planalto espera contar para reforçar a base estão o do ex-presidente Fernando Collor (PRTB-AL) e dos senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Francisco Dornelles (PP-RJ). Ao contrário de alguns de seus colegas que ainda cobram a retomada da liderança do governo para o PT, Tião considera imprescindível manter o cargo com o PMDB – mais precisamente, com seu atual ocupante, senador Romero Jucá (RR). Ele avisa que não entrará na “briga” por esta liderança, mesmo com a intenção de parte da bancada de indicá-lo para o cargo.



Mesa


 


A líder do PT, senadora Ideli Salvati (SC), disse que a bancada só tratará de cargos na Mesa e nas comissões na reunião marcada para o final deste mês. De certo, por ora, há a indicação do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para a vice-presidência do Senado no lugar de Tião Viana e a intenção do senador Eduardo Suplicy de ocupar a vaga de líder. “Se os senadores avaliarem que eu posso conduzir bem a liderança do PT, eu estou aberto”, afirma. Ele lembra que a “tradição” do partido de trocar de líder todos os anos inviabilizará sua continuidade no cargo.


 


O líder Romero Jucá concorda com as previsões de fechar uma base governista com mais da metade dos senadores. “Se for bem conduzida, a relação política tende a se firmar”, diz. Outro ponto a favor do crescimento da base, segundo o líder, é a perspectiva de que o ano será “mais leve”, sem as crises que desde 2004 amedrontam o Planalto.


 


Fonte: Agência Estado