Ao assumir, Jaques Wagner se depara com dívida gigantesca

Em rápida entrevista a Bob Fernandes, do Terra Magazine, o governador falou sobre as providências que serão tomadas para contornar tamanho problema.

Governador, ontem o senhor tomou posse, foi à posse do presidente Lula e hoje, na prática, é o seu primeiro dia de governo. Que herança o senhor recebe, do ponto de vista financeiro?
Pelas informações de que disponho, temos R$ 90 milhões em caixa – sendo que R$ 70 milhões são despesas a pagar até dia 10 agora, e como restos a pagar, há uma dívida em torno de R$ 600 milhões.

Não entendi direito. R$ 600 ou R$ 700 milhões?
Mais de R$ 600 milhões, e o secretário da Fazenda, Carlos Martins, pode explicar isso direito.

E, além do mais, parece que há problemas de outra ordem, né?
Em resumo, o governo anterior imaginou que venceria as eleições e teria 48 meses para pagar os credores, mas, como perdeu, só teve três meses para tentar fazer isso.

Que medidas o senhor vai tomar diante deste quadro?
A primeira delas é uma determinação para que as secretarias só utilizem, no máximo, até 75% dos cargos de comissão.

Quantos são eles?
São 19 mil e, no máximo, se poderá chegar a 13 mil para compor a máquina do Estado. Isso será uma norma a ser baixada ainda hoje.