Bush será julgado pelas mineiras na Praça Sete
Apesar de não ter incluído Minas Gerais em seu roteiro de visita ao Brasil, o presidente norte-americano George W. Bush não será poupado das manifestações de repúdio às políticas econômicas adotadas em seu governo, por parte de entidades mineiras. Em B
Publicado 01/01/2007 17:45
As pessoas que passarem pelo local, ponto central da capital mineira, irão deparar com uma série de alegorias, como a presença de uma personagem de aproximadamente três metros de altura, representando o Tio Sam. “Será um homem com pernas-de-pau, que terá nas mãos uma espécie de marionete, simbolizando seu desejo de assumir o papel de dono do mundo”, antecipa a presidente do Movimento Popular da Mulher (MPM) em BH, Hercília Levy.
A presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos de Luta pela Paz (Cebrapaz) de Minas Gerais, Gilce Cosenza, por sua vez, faz questão de destacar o caráter suprapartidário do ato público. Como a passagem de Bush por São Paulo coincidirá com a data exata da comemoração do Dia Internacional da Mulher, a intenção é que a performance das mulheres mineiras ocorra se forma sincronizada com o horário previsto para a passagem da comitiva do presidente dos Estados Unidos pela Avenida Paulista.
Criminoso de Guerra
A bandeira encampada pelas integrantes dos movimentos feministas e de mulheres , segundo Hercília Levy, durante o Fórum de Mulheres que aconteceu esta semana, elegeu o slogan “Mulheres Mineiras contra a Tirania do Capital: Fora Bush” para traduzir o sentimento de toda a categoria com relação a Bush. Ela explica que estão sendo convocados para a manifestação representantes dos inúmeros movimentos sindicais, de trabalhadores, da juventude e da sociedade em geral.
As integrantes do MPM vão trajar batas brancas e as ligadas Cebrapaz poderão ser identificadas pelas bandeirolas em forma de mãos roxas e também pela exibição de faixas com frases padronizadas, como “Xô Bush: pelo Protocolo de Kioto” e “a Paz é uma Luta das Mulheres”.
O ponto culminante será a circulação de um abaixo-assinado, defendendo o julgamento de George W. Bush como Criminoso de Guerra . “Durante todo o ato público ficará destacado o quanto à presença do presidente norte-americano é indesejada no Brasil. Que não somos coniventes com os desmandos desse presidente. A distribuição de panfletos expressando o nosso posicionamento e toda a nossa indignação completará a manifestação”, relata Hercília Levy
De S. Paulo,
Telma Gomes