Por reformas, Renan espera união entre oposição e governo

“Esse chamamento do presidente Lula para a conciliação deve ser estimulado. O Brasil não pode perder o bonde da história, precisamos fazer as reformas para que esse país cresça com uma velocidade maior e para que tenhamos uma inclusão cada vez maior, com redução de desigualdade social”, afirmou Renan.

A reforma política, segundo ele, deve estar entre as prioridades. “Muita gente diz que a ética morreu. A ética não morreu, foi o sistema político-partidário que apodreceu”, avaliou. O presidente do Senado também falou sobre a urgência da reforma tributária. “É preciso simplificar o sistema tributário, ampliar a base, fazê-lo mais justo, estabelecer mecanismos para que toda a vez que aumente a produção diminua a carga tributária”, defendeu em conversa informal com jornalistas na residência oficial do Senado, antes de receber o governador eleito do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

A propósito da onda de violência no Rio de Janeiro, Renan disse que é preciso mudar a estrutura da segurança no país. “O senado votou um pacote de emergência, mas para resolver o problema é preciso mudar a estrutura da segurança como um todo, desde a redefinição do papel das policias, treinamento, passando pela maneira de investigar”, opinou, lembrando que, nos grandes centros do país, apenas 2% dos crimes são esclarecidos. “É preciso, de uma vez por todas, enfrentar essa questão da violência, que é muito conseqüência da impunidade. As pessoas matam porque confiam que nada lhes acontecerá”.