Bolívia e Equador manifestam intenção de ingressar no Mercosul

Os governos do Equador e da Bolívia formalizarão seu pedido de ingresso como membros plenos do Mercosul durante a próxima cúpula do bloco, prevista para janeiro, em Brasília.

Existe também a possibilidade de que, na esperada reunião, sejam anunciados acordos comerciais com Israel e com o Conselho de Cooperação do Golfo, integrado pelos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Oman, Kuwait, Bahrein e Qatar. A informação foi divulgada pelo subsecretário de Integração Econômica e Mercosul, Eduardo Sigal, durante um encontro com a imprensa local e estrangeira.



No caso de Israel, trata-se de um acordo de livre comércio, cujo anúncio já foi adiado no último encontro do bloco em Córdoba, Argentina, ocorrido em julho. Já com o Conselho de Cooperação do Golfo deve ser firmado um convênio de preferências comerciais fixas.



Sigal disse que o estímulo político para o ingresso de Bolívia é fato, mas no caso do Equador não daria tempo dada a proximidade da posse do presidente eleito Rafael Correa e a cúpula de Brasília.



O diplomata argentino explicou que o recente Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), destinado a atenuar as assimetrias de desenvolvimento entre os países do bloco, já tem seis projetos para desenvolver, sendo três para o Paraguai, um para o Uruguai e dois para a Secretaria do Mercosul.



Investimentos, Uruguai e Argentina
No Paraguai serão feitos um plano de habitação, outro de infra-estrutura e um terceiro para um centro de fronteira, disse. O Focem contará com US$ 100 milhões, investidos majoritariamente pelo Brasil e Argentina. Sigal também falou que o bloco chegará à reunião de Brasília com cerca de 70% das metas da Agenda 2006 foram cumpridas.



Outro assunto comentado pelo subsecretário foi a crise entre Argentina e Uruguai.  Segundo ele, se o Uruguai quiser discutir novamente o tema dos bloqueios fronteiriços na Argentina, contra a instalação de fábricas de celulose em território uruguaio, a Argentina terá o direito de rediscutir as recentes medidas alfandegárias que Montevidéu aplicou a produtos de zonas promocionais argentinas, que Buenos Aires considera contrárias ao Mercosul.