Economia da Venezuela cresceu 10,3% em 2006

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 10,3% este ano na Venezuela e deve aumentar entre 5% e 6% em 2007, anunciou nesta sexta-feira o presidente do Banco Central, Gastón Parra Luzardo, em Caracas.

“A expansão da demanda agregada interna foi o principal determinante do crescimento econômico”, indicou a direção do Banco Central em uma declaração escrita.


 


O setor petroleiro da economia teve um avanço de 11,4%. Entre as demais atividades, as que mais cresceram foram instituições financeiras e de seguros (37%), construção (29,5%), comunicações (23,5%), comércio e serviços de consertos (18,6%). A atividade manufatureira registrou um aumento de 10%.


 


Segundo o BCV, os dados preliminares indicam um superávit global da balança de pagamentos de 4,585 bilhões de dólares (2,7% do PIB) para este ano.


 


As importações mantiveram tendência de alta e ficaram em 31,344 bilhões de dólares ao longo de 2006, o que representa 18,6% do PIB.


 


Para 2007, o BCV prevê “um contexto internacional favorável, um processo sustentado, significativo e generalizado da economia venezuelana e novos esforços para reduzir a inflação”.


 


O Banco Central não divulgou ainda dados sobre a inflação do mês de dezembro, mas a acumulada até novembro de 2006 é de 14,9%. Para 2007, o BCV calcula um índice de preços de entre 10% e 12%.


 



Destaque na América Latina


 


Enquanto outros países da América Latina crescem em média entre 4% e 6%, a Venezuela tem se destacado nos últimos anos entre os países da região que mais crescem. Neste ano, somente cinco países latinoamericanos tiveram crescimento acima dos 6%, segundo o informe “Visão e Perspectivas da Economia Internacional e Regional”, da Associação Latino-americana de Integração (Aladi). Além da Venezuela, Argentina, Cuba, Peru e Uruguai cresceram este ano acima dos 7%. Cada país teve razões conjunturais distintas para impulsionar o crescimento de suas economias.


 


O organismo reconheceu que o cenário internacional impulsionou a região, mas advertiu que em 2007 o impacto externo será “menos favorável que o atual”. De todo modo, estimou que as economias dos países da região continuarão melhorando e prevê que o conjunto dos sócios da Aladi terá um crescimento de 4,3%.


 


Destacou ainda que as exportações globais dos países da área terminarão 2006 em 630 bilhões de dólares, o que representa 5,2% do comércio mundial.


 


Da redação,
com agências