Consumidor chega ao fim do ano mais confiante, diz FGV

Levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira, mostrou que o índice de confiança do consumidor do país subiu 2,2 por cento, para 111,7 pontos, maior nível já registrado pela Fundação desde que o índice começou a ser calculado, em setembro de 2005.

Apesar disso, o economista Aloisio Campelo, responsável pelo levantamento, afirmou que o ritmo de aumento da confiança do consumidor não foi tão expressivo em 2006.

“O consumidor está mais satisfeito com a situação da família, mas o avanço foi pequeno e proporcional ao crescimento baixo da economia”, disse Campelo.

“Para os próximos meses, o consumidor está mais confiante porque há uma expectativa de que a economia decole, que não tenha um desempenho aos trancos e barrancos como teve em 2006, um verdadeiro sobe e desce que abalou a confiança do consumidor”, acrescentou.

Nos últimos 12 meses, o índice de confiança do consumidor apurado pela FGV acumulou uma alta de 7,8 por cento, informou o economista.

De novembro para dezembro houve uma melhora tanto na percepção do consumidor em relação ao presente quanto para os próximos seis meses.

A diferença em dezembro foi que o aumento ganhou força por conta das famílias de maior renda, segundo explicou Campelo. Nos últimos meses, o índice de confiança vinha se elevando, mas sempre influenciado pelo comportamento das famílias de renda mais baixa, que de acordo com os conceitos da FGV são as que têm renda de até 2.100 reais por mês.

“Acho que em dezembro houve uma harmonização da percepção dos consumidores”, disse o economista.

A pesquisa foi feita com base numa amostra de mais de dois mil domicílios em sete das principais capitas do país. A coleta de dados foi feita entre os dias 1o e 21 de dezembro.

Fonte: G1