Centrais sindicais elogiam acordo sobre reajuste do mínimo

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, avisou que a assinatura do acordo que define a política de reajuste do salário mínimo não vai acabar com as marchas que as centrais sindicais fazem todos os anos. Segundo ele, nas futu

Entre esses itens, estão a redução da jornada de trabalho, o acesso à educação e a qualificação profissional. “Não é que a marcha acabou. Temos outras bandeiras importantes”, disse Artur, que acrescentou: a assinatura do acordo era uma bandeira que a CUT defendia há muito tempo e mostra claramente uma vitória “no olhar para o futuro”.


 


Segundo o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Fernandes dos Santos Neto, a elite dizia que o aumento do salário mínimo era um aumento para a inflação. “Agora está a prova de que não é”, desabafou.


 


Em sua opinião, o aumento do salário mínimo ajuda o crescimento da economia com inclusão social. O sindicalista afirmou que outras demandas importantes devem ser debatidas, como uma taxa de juro real mais baixa da economia.


 


Mais debate
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Antonio Carlos dos Reis, enfatizou a importância do acordo e disse que foi no governo que os trabalhadores conseguiram um debate sério e maduro.


 


Já o presidente da Social Democracia Sindical (SDS), Enilson de Moura, fez muitos elogios ao presidente Lula. Disse que o próximo passo são as reformas. Segundo ele, é preciso ser solidário com o crescimento com estabilidade. Afirmou ainda que quem precisa de reformas não são os banqueiros, mas os trabalhadores.


 


Para José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, o acordo não é o ideal, “mas foi o possível”, uma vez que permite um reajuste automático a cada ano, e que não mais precise “ficar com o pires na mão todos os anos”.


 


Reajuste do mínimo
O reajuste do salário mínimo de R$ 350 para R$ 380 injetará R$ 8,5 bilhões na economia brasileira em 2007, segundo cálculo do Ministério do Trabalho divulgado nesta quarta-feira (27/12) pelo Palácio do Planalto. Com o reajuste para R$ 380, o salário mínimo terá aumento real (acima da inflação) de 5,3%. O novo mínimo começa a vigorar em 1º de abril.


 


Pelo acordo entre governo e centrais sindicais – que foi assinado ainda nesta quarta-feira, no Planalto -, de 2008 a 2011 o salário mínimo terá reposição da inflação acrescida do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) verificado no ano anterior. A data de vigência do reajuste será antecipada em um mês a cada ano, começando a vigorar em janeiro a partir de 2010.