Superávit supera meta de 4,25% e atinge R$ 96,5 bilhões

As contas do setor público (Governo Federal, estados, municípios e empresas estatais) apresentaram em novembro um superávit primário de R$ 5,605 bilhões. No mesmo mês de 2005, o resultado das contas do setor público foi superavitário em R$ 3,55 bilhões. O

No acumulado do ano, o superávit já é de R$ 96,597 bilhões, o equivalente a 5,09% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor está acima da meta do superávit primário de 4,25% do PIB. Nos onze primeiros meses de 2005, o superávit acumulado estava em R$ 98,605 bilhões, o equivalente a 5,6% do PIB.



A dívida líquida do setor público caiu, em novembro ante outubro, de 49,5% para 49,3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Departamento Econômico (Depec) do Banco Central. Em valores absolutos, a dívida líquida em novembro aumentou de R$ 1,042 trilhão para R$ 1,047 trilhão. A estimativa feita pelo chefe do Depec, Altamir Lopes, em novembro, era de que a dívida líquida ficaria estável em novembro e terminaria 2006 um pouco acima de 50% do PIB. De acordo com a nota do Depec, a dívida líquida já apresentou uma queda de 2,2 pontos percentuais do PIB, em relação ao final de 2005, quando a dívida estava em 51,5% do PIB.



“Contribuíram favoravelmente para essa redução o superávit primário, com 4,5 pontos percentuais do PIB; o efeito do crescimento do PIB valorizado, com 4,3 pontos percentuais; o ajuste decorrente da valorização cambial de 7,4% acumulada no ano, com 0,3 ponto percentual; e as privatizações, com 0,1 ponto percentual”, diz a nota divulgada na sexta-feira.



No sentido oposto, a apropriação de juros contribuiu para aumentar a dívida em 6,9 pontos percentuais do PIB. O Depec também registrou que a dívida bruta do governo geral (governo federal, INSS, governos estaduais e municipais) fechou novembro em R$ 1,539 trilhão. O valor corresponde a 72,5% do PIB. Em outubro, a dívida bruta estava em R$ 1,514 trilhão, que equivaliam a 71,8% do PIB. De acordo com o Depec, o aumento foi influenciado pelo crescimento da dívida mobiliária do Tesouro Nacional em mercado.



O resultado positivo das contas do setor público foi puxado em novembro pelas empresas estatais federais. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, as estatais federais apresentaram em novembro o superávit primário de R$ 2,833 bilhões. Em outubro, essas empresas haviam registrado um déficit primário de R$ 715 milhões.