Popularidade de Lula é boa na França e ruim nos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o segundo político mundial mais popular, na avaliação de espanhóis e franceses – e um dos mais mal avaliados nos Estados Unidos e na Inglaterra. O levantamento que apurou o prestígio dos líderes mundiais foi feito

Das 1.998 pessoas ouvidas na Espanha, 47% têm boa ou muito boa impressão do presidente brasileiro. O quadro se repete na França, onde 41% dos 2.140 entrevistados avaliam bem ou muito bem a gestão de Lula. Nos dois países, o brasileiro perde em popularidade apenas para a primeira-ministra alemã, Angela Merkel.


 


Em contrapartida, é também na Espanha que Lula tem o maior índice de rejeição: 33% dos entrevistados não gostam de sua gestão, contra 24% dos italianos e 23% dos alemães. O resultado traduz as disputas regionais entre partidos e políticos de esquerda e direita – o que demonstra que a opinião pública internacional associa a imagem de Lula ao socialismo ou à social-democracia.


 


Lula e Chávez
Na comparação com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, Lula é mais popular em cinco dos seis países que constam da pesquisa. Apenas os ingleses têm melhor impressão de Chávez – 11% de apoio. Na Inglaterra, Lula tem 9% de apoio e só aparece mais bem avaliado do que o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad, citado por apenas 5% dos entrevistados.


 


Já na Inglaterra e nos Estados Unidos – países onde Fidel Castro e Ahmadinejad são os mais impopulares -, o presidente Lula apresenta seu maior índice de indiferença: 72% dos entrevistados disseram não ter opinião sobre o brasileiro.


 


O objetivo do levantamento era descobrir a opinião de cidadãos de cinco países europeus – França, Alemanha, Inglaterra, Itália e Espanha – e dos Estados Unidos sobre temas políticos atuais como a guerra civil no Iraque, a pena de morte imposta ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e o prestígio dos principais líderes mundiais.


 


Neste último tópico, Lula participa da lista que, além dos políticos já citados, inclui nomes como os presidentes George W. Bush (Estados Unidos), Jacques Chirac (França), Fidel (Cuba) e Vladimir Putin (Rússia), além do primeiro-ministro inglês Tony Blair e até o papa Bento XVI.