Partido Comunista Francês lança uma mulher à Presidência

Marie-Georges se lançou à disputa no telejornal da cadeia de televisão TF1 – o de maior audiência em rede nacional. Um dia antes, mil militantes do PCF respaldaram sua candidatura pela segunda vez. As eleições ocorrem no começo de 2007.

“Entro na campanha porque penso que falta no debate político a voz daqueles e daquelas que querem uma esquerda valente e combativa”, declarou a presidenciável comunista ao telejornal.

Em 4 de janeiro, a ex-ministra do Esporte abandonará seu cargo à frente do PCF para dedicar-se unicamente à pré-campanha eleitoral. O anúncio acabou com as aspirações das correntes antiliberais de apresentar um candidato único – já ascende a 40 o número de candidatos declarados.

Além da indicação do PCF, Marie-Georges obteve apoio de 55% dos aproximadamente 800 coletivos da esquerda antiliberal. Essas correntes surgiram no rastro da campanha do “Não” à Constituição Européia, votado no referendo de 29 de maio de 2005.

Alguns coletivos, especialmente os não-comunistas, rejeitaram a indicação de Marie-Georges, por acharem que a candidatura seria uma “imposição”.