Mesmo sem acordo, líderes descartam salário de R$ 24,5 mil

Os líderes partidários não chegaram a um acordo sobre o reajuste dos subsídios dos parlamentares e devem iniciar em instantes uma nova reunião sobre o tema. Mesmo assim, o líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), anunciou que já está descartado o a

As posições continuam conflitantes. Líderes do PV, PPS, PSB e Psol querem deixar a decisão sobre o reajuste para o ano que vem. O líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ), e o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendem a votação não apenas sobre o reajuste do salário, mas também do fim da verba indenizatória, do 14º e 15º salários e da cumulatividade de vencimentos de parlamentares que recebem subsídios de outros órgãos.


 


Os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Chico Alencar (Psol-RJ) alertaram apara o fato de que, embora a idéia pareça boa, a decisão de reduzir a verba indenizatória e acabar com 14º e 15º salários pode servir para justificar o aumento de 90,7%. Eles defendem que a votação fique para a próxima legislatura.


 


Entre as propostas para reajuste de salário, pode ser votado o Projeto de Decreto Legislativo 2530/06, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), que limita o reajuste salarial de deputados à correção monetária desde 2003, aumentando o subsídio dos atuais R$ 12.847 para R$ 16.450,97.


 


O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), também afirmou nesta quarta-feira que a tendência dos parlamentares é recuar no reajuste de 90,7% e aprovar apenas a correção inflacionária dos últimos quatro anos –que eleva dos atuais R$ 12.800 para R$ 16.500 os subsídios de deputados e senadores.


 


“Acho mais provável que a proposta fique em torno de R$ 16.500, a proposta de corrigir com base na inflação”, afirmou.


 


Aldo disse que acha “improvável” os parlamentares aprovarem em plenário o reajuste de 90,7%1%. “Eu não vejo problema em reconhecer erros. O problema é quando você erra e persiste no erro. Não vejo problema nessa correção”, afirmou.


 


Segundo o presidente da Câmara, a única proposta de novo reajuste apresentada até este momento é o projeto de decreto legislativo do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), que propõe a correção dos salários com base na inflação. Aldo está reunido com os líderes partidários da Câmara para discutir a estratégia de votação para o novo valor do reajuste.



Teto


 


Aldo voltou a defender a regulamentação do teto do funcionalismo público federal como forma de moralizar os salários nos três Poderes. “Há servidores que ganham acima de R$ 24 mil e isso é uma deformidade. Eu tinha feito esforço para isso se resolver, mas essa não é uma batalha fácil, devemos persistir”, afirmou.


 


O deputado disse que já criou uma comissão de parlamentares que vão apresentar proposta para regulamentação do teto até o final de fevereiro, ouvindo representantes do Executivo e do Judiciário. A comissão será integrada pelos deputados José Carlos Aleluia (PFL-BA), Miro Teixeira (PDT-RJ) e José Eduardo Cardozo (PT-SP).


 


Da redação,
com agências