Governo e trabalhadores prosseguem discussão sobre salário mínimo

A discussão sobre o reajuste do salário mínimo prossegue nesta terça-feira (19), à noite, quando dirigentes das centrais sindicais e representantes do governo voltam a se reunir para discutir proposta para 2007. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Mar

Os ministros da Fazenda, Guido Mantega e da Previdência, Nelson Machado, também devem estar presentes à reunião.


Os representantes das centrais sindicais vão insistir na defesa da adoção de uma política de longo prazo de valorização do piso. Também será discutido o índice de correção da tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas.


 


Três propostas


 


As negociações giram em torno de três propostas. A Comissão Mista de Orçamento do Congresso propõe um salário de R$375, já as centrais sindicais querem um aumento para R$420 e oministro da Fazenda, Guido Mantega, defende R$ 367. O salário mínimo atual é de R$ 350.


 


O Ministério da Previdência destaca o impacto do salário mínimo no déficit previdenciário, que é de cerca de R$ 200 milhões para cada real pago a mais. Atualmente, mais de 15 milhões de aposentados recebem um salário mínimo.


 


O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, admite que o reajuste do mínimo tem impacto na Previdência Social, mas destaca o impacto positivo com a elevação dos tributos.


 


“Com a elevação para R$420 reais, que representa 20% de variação no valor do Salário Mínimo, você tem mensalmente 1,1 bilhão de impacto na folha do INSS, 14 bilhões/ano. Cada um real no Salário Mínimo tem impacto de 15 milhões na Previdência, mas esse é o primeiro impacto, mas tem o efeito positivo que o governo não leva em conta nos debates, que é o aumento da arrecadação tributária quando eleva Salário Mínimo, a renda e consumo”, afirma Artur Henrique.


 


O salário mínimo entrou em vigor no Brasil em 1º de maio de1940. Segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo do trabalhador, para suprir suas necessidades básicas e da família, deveria equivaler, em agosto deste ano, a R$1.613,08, ou seja, 4,61 vezes o mínimo vigente.


 


Com agências