Bastos confirma que permanece na Justiça até fim de janeiro

Decisão do ministro representa mudança em relação à posição que havia assumido, quando disse que, a partir do dia 2 de janeiro, estaria “cuidando dos netos”.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, confirmou nesta terça-feira que ficará mais um mês no Ministério, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem esteve esta manhã. Depois, em evento no Banco Central, para diminuir a circulação de notas falsas de real, Bastos limitou-se a afirmar que permanece “mais um mês”. Segundo assessor próximo, após esse prazo Bastos deixará o Ministério.


 


O porta-voz da Presidência da República, André Singer, confirmou que Bastos permanecerá no cargo durante todo o mês de janeiro de 2007. A decisão do ministro representa uma mudança em relação à posição que havia assumido recentemente, quando disse que, a partir do dia 2 de janeiro, estaria “cuidando dos netos”.


 


O pedido de Lula é mais uma indicação de que o presidente quer vincular a reforma ministerial às eleições para presidentes da Câmara e do Senado, marcadas para em fevereiro.


 


“O presidente vai anunciar apenas dois ou três ministros até a posse. Ele vai formando um juízo para no mês de janeiro fazer a remontagem total do governo”, acrescentou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.


 


Lula prefere a reeleição dos presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e Renan Calheiros (PMDB-AL). O PT reivindica o lugar de Aldo. No Senado, Renan só será reeleito se o Planalto evitar divisões em sua base.


 


O presidente precisa jogar com as posições no Congresso e com a indicação de ministros para compor os interesses dos dez partidos da coalizão de governo – PT, PMDB, PSB, PP, PDT, PTB, PR (ex-PL), PCdoB, PV e PRB.


 


“O presidente me autorizou a montar uma agenda para ouvir mais algumas bancadas e partidos que precisam ser ouvidos”, informou Tarso. Nesta terça-feira, o ministro fala com o presidente do PMDB, Michel Temer, e na quinta com dirigentes do PRB.


 


Na quinta-feira, o conselho político da coalizão se reúne para conhecer as medidas econômicas e projetos de infra-estrutura, com o objetivo de promover um maior crescimento do PIB.


 


Fonte: Agência Estado e Reuters