Sinos registra mais morte de peixes; Fepam busca causa do problema

A agonia no Rio dos Sinos parece não ter fim. Dois meses após o desastre ambiental que matou 86 toneladas de peixes, uma nova mortandade foi registrada no fim de semana. Milhares de animais apareceram boiando nas águas, no fim da tarde de sábado, em um

O trecho problemático é o mesmo atingido há dois meses. O diretor técnico da Fepam, Jackson Müller, afirmou que a baixa vazão do rio devido à falta de chuvas piora a diluição do esgoto lançado na água e prejudica a oxigenação. 'A vazão está muito baixa: 10 metros cúbicos por segundo, 10% do que estávamos registrando 15 dias atrás. Isso dificulta muito a oxigenação.' Em análise realizada ontem, o nível médio de oxigênio foi de 0,5 miligramas por litro (mg/l), quando o ideal seria acima de 4 mg/l. A temperatura da água – 30 graus – também prejudica a diluição do oxigênio, disse Müller.


 


A maior parte dos peixes mortos apareceu próximo à foz do arroio Portão, numa extensão de 5 km. Em Sapucaia do Sul, uma bóia de contenção foi instalada para reter os peixes evitando o deslocamento em direção ao Guaíba. O recolhimento deve ser feito a partir de hoje com apoio da Prefeitura de Sapucaia do Sul. Os técnicos da Fepam coletaram amostras de água, peixes e plantas situadas às margens do rio.


 


O equipamento que permite a injeção de oxigênio puro será religado hoje em Sapucaia do Sul. Utilizado por alguns dias, teve seu funcionamento suspenso no início do mês quando o nível de oxigênio foi normalizado.


 


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