Pesquisa CNI/Ibope confirma alta popularidade de Lula

Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira aponta que a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o maior patamar desde 2003. De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados avaliaram como ótimo ou bom o governo,

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva termina o seu primeiro mandato com o maior percentual de aprovação de toda a série histórica, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)/Ibope realizada entre 7 e 10 de dezembro com 2002 pessoas de 140 municípios do país. Entretanto, não há comparação com governos anteriores.


 


Em dezembro deste ano, o índice de aprovação do governo Lula, representado pelas menções “ótimo” ou “bom” atingiu o patamar de 57%, contra 49% em setembro deste ano. O recorde anterior havia sido obtido pelo próprio Lula, mas em março de 2003, quando obteve aprovação de 51% dos entrevistados. Aqueles que consideram o governo Lula regular somaram 28% em dezembro, contra 33% em setembro deste ano. Os entrevistados que desaprovaram a gestão do atual presidente da República, por sua vez, passaram de 16% em setembro para 13% neste mês.


 


Quando questionados sobre a nota que a população daria para o governo do presidente Lula, o resultado médio foi 7, também o maior de toda a série histórica. Em setembro, a nota média do governo foi de 6,6 e, em março de 2003, de 6,8.


 


A forma do presidente Lula governar também foi aprovada pelos entrevistados. Dados da CNI mostram que 71% aprovam o estilo do atual presidente da República. Em setembro, este índice estava em 62%. Outros 23%, informou a CNI/Ibope, desaprovam o modo como Lula governa, sendo que, em setembro, este índice estava em 32%.


 


Para o segundo mandato do presidente Lula, a população, segundo dados capturados pela pesquisa CNI/Ibope, também se mantém otimista. A entidade informou que 68% dos entrevistados acreditam que o segundo mandato também será “bom” ou “ótimo”, enquanto outros 17% acham que os próximos quatro anos terão um governo “regular”. Para 11%, o governo será “ruim” ou “péssimo”.


 


“Não há dúvida de que o presidente Lula saiu muito forte do processo eleitoral. Todos os indicadores indicam ganhos expressivos frente ao que foi registrado em setembro deste ano e atingem patamares próximos ao do início do primeiro mandato. Os dados mostram que o presidente Lula tem bastante fôlego para um segundo mandato”, avaliou o diretor de Operações da CNI, Marco Antonio Guarita.


 


Prioridades para o segundo mandato


 


Houve, porém, uma mudança na posição das áreas de atuação consideradas mais relevantes pela população. Na pesquisa de setembro deste ano, o combate ao desemprego era o item mais citado como prioridade do governo. Na pesquisa de dezembro, porém, a saúde aparece como prioridade máxima.


 


Em segundo lugar, na pesquisa de hoje, aparece o combate ao desemprego na lista de prioridades, seguido pela segurança e combate à violência – que era o quarto colocado em setembro. O combate à fome e à pobreza, que era o segundo colocado nas prioridades em setembro, caiu para a quarta colocação na pesquisa deste mês.


 


Além da agenda de prioridades, a pesquisa CNI/Ibope apresentou também uma lista de temas de relevância. Neste caso, a população se mostrou preocupada com o combate à corrupção, que apareceu com 27% das preferências, seguido pela segurança pública (23%) e  a melhoria da qualidade da educação (20%).


 


Expectativas sobre a economia


 


No campo econômico, a população se mostrou mais preocupada com o crescimento da inflação e também do desemprego nos próximos seis meses, apesar de acreditar que a renda também será elevada. Pela primeira vez desde o início do governo Lula, o número de brasileiros que acredita que vai ganhar mais nos próximos seis meses supera o número daqueles que acham que manterão o mesmo nível de vencimentos.


 


No caso da expectativa de inflação para os próximos seis meses, 41% dos entrevistados acreditam que haverá elevação. Em setembro deste ano, 30% acreditavam em aumento da inflação nos seis meses seguintes. Sobre o desemprego, também para os próximos seis meses, 42% acham que haverá aumento, contra 37% em setembro. Para a renda média, porém, a expectativa também é de elevação. Dos entrevistados neste mês, 38% disseram que a renda geral vai subir no curto prazo, contra 31% em setembro.


 


Reforma política


 


A pesquisa CNI/Ibope também fez perguntas sobre a reforma política. Neste caso, os entrevistados se posicionaram contrários ao voto obrigatório e ao financiamento público de campanha, mas aprovaram a fidelidade partidária e a reeleição.


 


No caso do voto obrigatório, 54% dos entrevistados se mostraram contra, enquanto outros 45% disseram ser a favor. Sobre o financiamento público de campanhas políticas, 77% dos entrevistados disseram ser contra, e outros 16% a favor da medida.


 


A respeito da fidelidade partidária, 52% dos 2002 entrevistados pela pesquisa disseram ser a favor, e outros 37% disseram ser contra. No que se refere à reeleição, 58% não se mostraram incomodados com a possibilidade de recondução do mandatário ao poder, ao mesmo tempo em que 38% disseram ser contra.


 


Fonte: Globo Online


 


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