Itália assina “código de ética” contra a anorexia na moda

O governo da Itália vai assinar “um código ético” com a Federação da Moda e estilistas para tratar do problema da extrema magreza das modelos, anunciou a ministra dos Esportes e da Juventude, Giovanna Melandri neste domingo (17/12).

A decisão vem a reboque das discussões que se seguiram à morte, em novembro, da modelo brasileira Ana Carolina Reston. O texto – que será ratificado na sexta-feira pela Federação da Moda Italiana e pela Associação Alta Moda reagrupando os costureiros que apresentam as suas coleções em Milão e Roma – prevê já de imediato a interdição dos desfiles às jovens de menos de 16 anos.


 


Um controle médico será imposto às modelos para assegurar que o índice de massa corporal não seja inferior a 18 (correspondendo, por exemplo, a uma garota de 1,72m pesando 53 quilos). Não poderá desfilar nenhuma jovem abaixo desse limite, com o qual a medicina considera existir perigo.


 


A nova regulamentação obriga igualmente os costureiros a acrescentar às suas coleções peças de roupa nos tamanhos 42 e 44. Segundo o diário La Stampa, 60% das mulheres italianas vestem 40 ou mais. As novas regras serão aplicadas nos desfiles de Roma de 27 a 31 de janeiro, e de Milão de 17 a 25 de fevereiro.


 


A ideia de Giovanna Melandri é não somente de “revalorizar um modelo de beleza saudável e generoso”, mas também de reabilitar uma certa “beleza mediterrânica”. De todo modo, as medidas não são para se espera ver desfilar “umas Sofia Loren”, destacou a ministra em entrevista ao diário El Messaggero.