Crise na aviação será tema de novo debate na Câmara

A Câmara dos Deputados debaterá na terça-feira (19/12) a crise no setor aéreo brasileiro, com a realização de duas audiências públicas, integradas por autoridades da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero e Comando da Aeronáutica.

A comissão externa criada para acompanhar a crise no setor aéreo brasileiro realiza duas audiências públicas amanhã, no plenário 7. Às 10 horas, os parlamentares vão ouvir: o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos da Silva Bueno; o presidente da Infraero, José Carlos Pereira; e o presidente da Anac, Milton Sérgio Silveira Zuanazzi. Os três já participaram de audiência sobre o assunto promovida na semana passada pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Relações Exteriores e Defesa Nacional.


 


Às 14h30, serão ouvidos o diretor-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), Marco Antônio Bologna; e os presidentes do Sindicato dos Aeronautas, Graziella Baggio; do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho; e da Confederação Nacional dos Usuários de Transportes Coletivos Rodoviário, Ferroviário, Hidroviário e Aéreo (Conut), José Felinto. Marco Antônio Bologna, Graziella Baggio e Jorge Carlos Botelho também participaram do debate promovido na semana passada.


 


Na quarta-feira (20/12), a comissão discute e vota o relatório do deputado Carlos Willian (PTC-MG) sobre a crise na aviação. A reunião está marcada para as 14h30, em plenário a ser definido.


 


Falta de pessoal


 


Na última quarta-feira (13), integrantes da comissão externa estiveram no Cindacta-1, em Brasília, e concluíram que os principais problemas do setor são a falta de pessoal e de um novo plano de controle de vôos para evitar o congestionamento.


 


Carlos Willian disse que o número de controladores de vôo foi reduzido após o acidente entre o Boeing da Gol e o avião particular Legacy, ocorrido em 29 de setembro. Além disso, cada controlador passou a monitorar menos aeronaves. “Realmente é uma deficiência de pessoal, mas também existe um excesso de zelo para não assumir responsabilidades dos controladores de vôo”, disse Willian.