Após dez dias de silêncio, Fidel se comunica com parlamento cubano

O presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, conversou na última sexta-feira (15/12) pelo telefone com membros do parlamento cubano. A informação foi divulgada pelo jornal Granma. Foi o primeiro sinal público de Fidel depois de dez dias de silê

No dia 5, o líder da Revolução Cubana enviou um comunicado para seu amigo e aliado Hugo Chávez, felicitando-o pela reeleição à Presidência da Venezuela. Na mesma sexta-feira, Chávez afirmou, em um ato, que conversou duas vezes pelo telefone com o cubano na quinta.


 


“O Comandante Chefe Fidel Castro se comunicou por telefone com a sessão de trabalho que os Presidentes das Assembléias Provinciais do Poder Popular sustentam”, escreveu o Granma.


 


A reunião dos presidentes das tais assembléias – cargo correspondente ao de governador – precede a segunda e última sessão anual do Parlamento, prevista para a próxima sexta-feira. Foi dedicada aos programas da educação, da saúde e de construção de alojamentos.


 


A saúde do líder
De acordo com o Granma, “o Chefe da Revolução foi informado dos pormenores da reunião – o que motivou a alegria e os aplausos dos participantes”. A nota não se referiu à saúde de Fidel, que delegou o poder pela primeira vez em 47 anos de revolução a seu irmão Raúl.


 


Em 27 de julho, o líder cubano sofreu uma crise hemorrágica intestinal, que o obrigou a se submeter a uma complicada cirurgia e a uma longa recuperação “não isenta de riscos”, como ele mesmo disse.


 


Palavras de Chávez
“Vou dizer algo para vocês: lhes trago uma saudação fresquinha de Fidel. Ontem tive o prazer de conversar por telefone com ele duas vezes, à tarde e à noite”, disse Chávez. “Vi na imprensa que circulam rumores sobre o fato de que Fidel está morrendo, mas ontem (quinta-feira) ele estava muito bem”.


 


Chávez acrescentou: “Todos morrem fisicamente algum dia, mas o certo é que Fidel não tem câncer, estou bem informado”. De acordo com o presidente venezuelano, a conversa com Fidel foi sobre o programa de integração entre Cuba, Venezuela e Bolívia – a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba)


 


A iniciativa partiu de Chávez para contrapor a malfadada Área de Livre-Comércio das Américas (Alca), idealizada por Washington.