Déficit nominal zero não será ''obsessão'', diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o governo ainda avaliará o Orçamento de 2007 para ver se é possível adotar o redutor de gastos aprovado pelo Congresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Publicado 15/12/2006 16:22
Segundo Mantega, o país chegará ao déficit nominal zero nas contas públicas como uma conseqüência ''natural'' do plano fiscal a ser adotado, mas isso não será uma ''obsessão'' ou ''meta rígida''.
O plano fiscal que o governo apresentará na próxima semana terá ''um efeito de redutor'', à medida que prevê uma redução das despesas do governo como percentual do PIB –ainda que não linear ou rígida como previsto na LDO.
O ministro disse ainda que não sabe se isso poderá valer já em 2007 uma vez que o Orçamento está perto de ser apreciado pelo Congresso.
''O déficit zero será decorrência natural desses movimentos que nós estamos fazendo na política fiscal e na política monetária'', afirmou em entrevista no Banco Central após reunião de ministros de Fazenda e presidentes de BC do Mercosul.
Mantega reiterou que a meta de superávit primário será mantido no patamar atual, de 4,25 por cento do PIB. O governo também conta com o crescimento da economia e a redução do juro.
Ao lado do presidente do BC, Henrique Meirelles, Mantega disse esperar a continuidade da redução do juro básico tendo em vista a inflação sob controle.
Fonte: Reuters