Greenhalgh: “A mídia tomou partido”
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), disse nesta quarta-feira que a mídia “tomou partido” nas eleições deste ano. Sem citar nomes, ele disse que os meios de comunicação privilegiaram certos cand
Publicado 13/12/2006 15:11
Greenhalgh disse que não há argumentos e justificativas para explicar a posição dos meios de comunicação. “Mas quando se fala nisso, a mídia se une para dizer que estamos querendo impor censura”, afirmou o deputado, que lembrou da sua experiência como advogado de jornais e jornalistas, na época da ditadura, quando censores visitavam as redações.
Lembrou também de jornais como O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo que publicavam tarjas negras, textos de Os Lusíadas e receitas culinárias, nos espaços das matérias censuradas. “Somos defensores da liberdade de imprensa, mas pelo amor de Deus, é só acompanhar a mídia nas eleições de 2006 para ver que a mídia tomou partido”, afirmou. Ele disse que é importante defender a liberdade de informação e a liberdade de imprensa. “Mas temos que ter a possibilidade de as pessoas se defenderem, terem retratação. Senão nós não vamos consolidar o processo democrático”, disse. Ele afirmou que a Câmara deve debater projetos essenciais para a democracia brasileira.
Greenhalgh lamentou a ausência de autoridades no debate, inclusive do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB). “A gente se sente frustrado porque muitas das pessoas que deveriam estar aqui não vieram”.
Fonte: Agência Estado