Lançamento de Aldo à reeleição na Câmara é adiado

A candidatura à reeleição do presidente da Câmara Federal, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), só será lançada na semana que vem. O grupo suprapartidário que apóia Aldo, sob a liderança de Renato Casagrande (PSB-ES), previa o lançamento para o dia 14, mas resolveu ad

“Nós decidimos deixar este lançamento para quarta-feira da semana que vem para conversarmos com PT, PMDB, PSDB, e tentar fechar uma candidatura única da base até lá”, afirmou Casagrande. Aldo já recebe apoios de deputados do PFL, PP e PL. O grupo acredita que, na Câmara, a reeleição do parlamentar é um ponto de equilíbrio da coalizão em torno do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


 


“A tese do equilíbrio da coalizão é muito importante”, disse Casagrande, que explicou: “Com o PMDB nas presidências da Câmara e Senado, o jogo de composição da coalizão fica desequilibrado”. Nesta semana, o PMDB já deu indícios de que pode apoiar Aldo. A bancada do partido na Câmara adiou para esta quarta-feira (13) a reunião convocada para anunciar o nome do partido para presidente da Casa.


 


Deslocamentos
Os deputados peemedebistas tinham marcado a reunião na quarta-feira passada (6), quando decidiram lançar um nome do partido para concorrer ao cargo. Um dia antes o PT apresentara a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O adiamento foi visto como uma forma de verificar a nova disposição dos petistas na sucessão de Aldo.


 


Ainda nesta terça-feira, o ministro das Comunicações, Hélio Costa – que é do PMDB – defendeu um acordo entre os partidos da base aliada ao Planalto pela manutenção do atual presidente da Câmara. “Acho que a continuidade do trabalho do Aldo é muito boa para a Câmara dos Deputados”, declarou Costa. “A essas alturas, os partidos aliados, inclusive o PT, começam a entender assim também.”


 


Na avaliação do ministro, Aldo já demonstrou ser “uma pessoa que tem um perfil para o cargo” e possui “relação com todas as lideranças partidárias”. “Vejo o Aldo como uma pessoa que consegue, com a sua eleição anterior e com a proposta de sua reeleição agora, chegar a todos os partidos políticos da base aliada”. O atual presidente da Câmara tem ainda o apoio de Lula para continuar no cargo.


 


E o PT?
Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, até fevereiro as legendas chegarão a um entendimento para o lançamento de um nome de consenso. Embora tenha tratado como um “processo natural” o lançamento de candidaturas preliminares neste momento, ele recomendou “bom senso” às legendas aliadas ao Planalto.


 


“Estou convencido de que os partidos da coalizão – todos os partidos da base aliada – terão apenas um candidato na hora da eleição, afirmou. “Os partidos têm peso, querem demonstrar que podem apresentar preliminarmente os seus nomes. Tem que haver bom senso para avaliar, desses vários nomes apresentados, qual é aquele que melhor unificará a base aliada”.


 


Já o jornalista Jorge Bastos Moreno, em seu blog no Globo Online, deu como certo o acordo. “Chinaglia deverá anunciar brevemente a desistência de sua candidatura à presidência da Câmara e abrir espaços para a reeleição do atual presidente”, escreveu Moreno. Segundo o jornalista-blogueiro, “Aldo poderá ser o primeiro candidato único à presidência da Câmara, em quase 30 anos. Isso porque ele já tem também o apoio da oposição.”


 


Da Redação, com agências e portais