Brasil e Cuba assinam acordo de intercâmbio de filmes
Brasil e Cuba assinarão um acordo de cooperação cultural para a exibição anual de cinco longas brasileiros em Cuba, e de cinco longas cubanos no Brasil. Trata-se do programa “escambo”, ou de intercâmbio, de filmes entre os dois países. O acordo s
Publicado 12/12/2006 18:59
O acordo será assinado entre o Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica, presidida por Omar González, e a Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura, representada pelo secretário Orlando Senna, que está na cidade de Havana, Cuba.
Para Orlando Senna, o acordo representa mais um passo para a reintegração latino-americano do país e o estreitamento de laços com Cuba. “Segundo nossa proposta, o produtor brasileiro não receberia nada pela exibição de seu filme em Cuba, mas, em compensação, seria dono dos direitos de exibição de um filme cubano aqui e poderia explorar essa axibição”, afirma o secretário do Audiovisual.
Um acordo semelhante, de distribuição entre Brasil e Argentina, foi fechado em agosto deste ano e conta com oito títulos de cada país.
Ainda durante o festival cubano, Orlando Senna irá se reunir com a direção da Escola de Cinema e Televisão de San Antonio de Los Baños para acertar detalhes relativos à parceria de ajuda e manutenção de alunos brasileiros em Havana, que foi retomada pelo MinC, em 2003. A idéia é dar continuidade ao convênio da Secretaria de Audiovisual com a escola.
Brasileiros em Havana
Em cartaz desde terça-feira (5), no Teatro Karl Marx de Havana, o 28° Festival do Novo Cinema Latino-Americano exibe um panorama da produção cinematográfica da América Latina.
Cinco longas-metragens brasileiros de ficção disputam os prêmios do evento cubano: Antônia, de Tata Amaral; É Proibido Proibir, de Jorge Durán; O Céu de Suely, de Karim Ainouz; O Maior Amor do Mundo, de Cacá Diegues; e Os 12 Trabalhos, de Ricardo Elias.
O mesmo número de títulos competem na categoria de documentário de longa-metragem: Diário de Naná, de Paschoal Samora; O Fim e o Princípio, de Eduaro Coutinho; O Maior Espetáculo da Terra, de Marcos Pimentel; Meninas, de Sandra Werneck; e Nzinga Atabaques, de Octavio Bezerra.
Além do Brasil, somente a Argentina apresentará cinco obras na mostra de longas ficcionais. São elas: Crônica de Una Fuga, de Israel Adrian Caetano; El Camino de San Diego, de Carlos Sorín; El Custódio, de Rodrigo Moreno; Nascido y Criado, de Pablo Trapero; e Derecho de Familia, de Daniel Burman.
O Festival mobiliza cinéfilos do país, que lotam as salas de projeção durante o evento – inclusive em outras cidades cubanas. Nas últimas edições, só na capital se registrou uma média anual de 500 mil espectadores em uma população de 2,2 milhões.
Outras informações: www.habanafilmfestival.com