Até os quadrinhos coreanos contarão a história de Che Guevara

O guerrilheiro argentino Ernesto Guevara de La Serna, o Che, tem sua biografia desvendada num manhwa (quadrinho coreano) de Kim Yong-Hwe. Para contar a história do líder da Revolução cubana – e dissipar qualquer crítica sobre “um coreano falando

Argentino de Rosário, mas cidadão do mundo, Ernesto nasceu numa família com conforto econômico, sustentada pelo pai arquiteto. Aos 2 anos de idade, começou a ter os ataques de asma que o acompanhariam por toda a vida. Formado em Medicina, partiu com o amigo Alberto Granados por uma viagem de motocicleta pela América Latina, quando começou a entender os mecanismos que regem a dependência entre os países subdesenvolvidos da região e os Estados Unidos.


 


Um choque na Guatemala
Com a prova necessária para conseguir a licença de médico, na Argentina, Guevara viajou até o México para encontrar-se novamente com Granados. Durante essa nova jornada, aprofundou sua visão da realidade latino-americana: esteve na Guatemala no auge da sangrenta operação orquestrada pela CIA para destituir o progressista presidente guatemalteco Jacobo Arbenz Gusmán.


 


Abalado com a ferocidade da ação norte-americana em território estrangeiro, Che decidiu optar pela revolução como única forma de libertar a América Latina. Depois de conhecer Fidel Castro no México, em julho de 1955, juntou-se aos insurgentes cubanos – e em novembro do ano seguinte foi um dos comandantes da milícia armada que se instalou em Sierra Maestra, terminando por derrubar o ditador Fulgêncio Batista em 1959.


 


Pós-revolução
Depois da a vitória em Cuba, Che se tornou embaixador do país e viajou pelo mundo, tentando encontrar aliados ao novo regime instalado na ilha. Foi durante essas viagens que recebeu a Ordem do Cruzeiro do Sul em 1961, do presidente brasileiro Jânio Quadros. Porém, decepcionado com o trabalho diplomático, Guevara renunciou ao cargo e resolveu voltar à vocação de guerrilheiro.


 


Após uma breve e malsucedida incursão pelo Congo, Che seguiu para a Bolívia em 1966. Sem o apoio do governo cubano nem do Partido Comunista boliviano, a guerrilha fracassou. Che Guevara foi capturado e executado pela CIA em 9 de outubro de 1967. Ali morria um homem. E nascia um mito.