Roberto Carlos se diz “agredido” com biografia não-autorizada

“Me sinto agredido em minha privacidade”, disse o músico na tarde desta segunda-feira (11/12), durante entrevista para mais de 600 jornalistas, no hotel Caesar Park de Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ). O artista foi além e afirmou já ter passado o caso para seus advogados. Ele pretende processar não apenas o autor – mas também a editora Planeta, que publicou Roberto Carlos em Detalhes.

“Não li o livro todo, mas tudo que li, sinceramente, me desagrada muito”, disse Roberto. O cantor sustentou que o volume está cheio de “coisas que não são verdadeiras” e “sensacionalistas” – que seriam desrespeitosas com pessoas de sua estima e também consigo. Ao ser questionado quais seriam os pontos com os quais não concorda, ele preferiu não falar. “São muitos. Não quero tocar nesse assunto”.

Contexto
Qualidades literárias à parte, o livro pode ter desagradado ao cantor por mais um motivo: faz três décadas que ele próprio, Roberto Carlos, revelou que planeja lançar sua história. E a biografia não-autorizada, de certa forma, eliminou o clima de surpresa.

Autor da aclamada biografia, o carioca Paulo César Araújo é jornalista e historiador. Já escreveu Eu não Sou Cachorro não, sobre música brega brasileira. Passou os últimos 16 anos coletando documentos e fez 175 entrevistas sobre o tema, conversando com Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, João Gilberto – único depoimento que o papa da bossa nova deu a um livro.

Recorde

A coletiva de Roberto Carlos trataria do lançamento de seu CD e DVD de duetos, que chegam às lojas nesta semana, com 400 mil cópias (150 mil DVDs e 250 mil CDs), segundo a Sony Music, sua gravadora.

A Sony também revelou que faz, para o Guinness Book, o levantamento preciso do número de discos que o cantor vendeu ao longo da carreira – hoje estimado em 100 milhões. Com isso, Roberto Carlos se consolida como o músico mais bem-sucedido comercialmente no mundo todo.