Milhares vão às ruas no Líbano pedir a demissão do governo

Siniora, na sede do governo, continua se recusando a abandonar o posto, mas se disse aberto a negociações com a oposição, composta pelo Partido de Deus (Hezbolá), pelo Partido Comunista, pelo grupo cristão do general nacionalista Michel Aoun e pela organização Amal.

Neste 10.º dia seguido de atos de protesto da oposição, milhares de libaneses a bordo de automóveis e ônibus portando a bandeira do Líbano e de seus partidos viajaram para Beirute.

A nova manifestação é, segundo a frente de oposição, um momento histórico de sua ofensiva popular, lançada em 1º de dezembro para demitir o governo pró-EUA e pressionar pela formação de um governo de unidade popular.

Estavam previstos para hoje também manifestações em várias cidades do Líbano dos grupos que apóiam o governo pró-americano de Fouad Siniora.

Na última quinta-feira (7/12), o secretário-geral do Hezbolá, Hassan Nasrallah, prometeu que a frente de oposição permanecerá nas ruas até vencer. O premiê, insuflado pelos países ocidentais, chamou as manifestações de  “golpe de Estado”.