Para Evo, oposição quer o fracasso da Cúpula Sul-Americana

O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou nesta quinta-feira (7/12) as forças da oposição de buscarem o fracasso da 2ª Cúpula Sul-Americana, prevista os dias 8 e 9 de dezembro, com a greve de fome em massa realizada em várias cidades do país.

Em entrevista coletiva com correspondentes internacionais, o líder boliviano ratificou a denúncia que a aliança conservadora Poder Democrático e Social (Podemos) pretende derrocá-lo sob o disfarce de uma mobilização de vários departamentos da região oeste do país.



Os governadores regionais, prefeitos e líderes cívicos, sindicais e patronais dos departamentos de Santa Cruz, Beni, Tarija e Pando estão em greve de fome, assim como a maior parte dos constituintes e legisladores do Podemos, além dos também opositores da Unidad Nacional (UN) e do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR).



Os rivais de Evo reivindicam a fórmula dos dois terços para aprovar a nova Carta Magna na Assembléia Constituinte. Por ter mais constituintes, o Movimento Ao Socialismo (MAS), partido do presidente, conseguiu impor a fórmula de maioria absoluta como método de votação.



Boicote
Em resposta, Evo sustentou que a greve de fome é apenas uma desculpa, ''porque sabemos que os governadores regionais resolveram fazer, por bem ou por mal, a Assembléia Constituinte fracassar''. O presidente acrescentou ainda que as forças conservadoras ''certamente querem provocar o fracasso da Cúpula Sul-Americana'', a ser realizada na cidade de Cochabamba.



Evo assegurou que a reunião presidencial está garantida e que todos os governantes da região participarão, com exceção de Álvaro Uribe, da Colômbia, e que o argentino Néstor Kirchner dará sua resposta definitiva ainda nesta quinta-feira.



Da redação, com agências