PSDB diz que vai com Agripino no Senado; PDT fica com Renan

A bancada do PSDB (15 senadores em 2007) resolveu nesta quarta-feira (6) hipotecar apoio formal à candidatura de José Agripino Maia (PFL-RN) à presidência do Senado Federal. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que Agripino será o ca

Tasso aparentou otimismo, depois do almoço da bancada com Agripino, que selou o apoio: “Tudo indica que nós temos condições de eleger o novo presidente e, agora, vamos entrar na campanha dispostos a ajudar para que haja um presidente do Senado que defenda a independência total da Casa”, disse. Mas admitiu que “Se o PDT apoiar o Renan na sua totalidade, vai trazer desequilíbrio”, embora contando com “dissidências dentro do PDT”.



Decisão “política” mas sem “aventura”



A qualificação da decisão tucana como “política” indica que a legenda não deseja romper a frente oposicionista com o PFL, mantida ao longo dos quatro anos do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É um gesto político que visa levar a oposição à presidência de uma das Casas do Congresso. Isso é importante para o equilíbrio da democracia”, afirmou Tasso.



A mesma qualificação indica porém uma ressalva. O PSDB não participará de uma “aventura”, para marcar posição, caso Agripino não some forças capazes de enfrentar Renan. Segundo o presidente tucano, a candidatura “não vale a pena se for uma aventura porque a Casa tem tradição do consenso”.



Precavendo-se quanto a esta possibilidade, o senador cearense fez notar que a decisão  não representa um rompimento com Renan Calheiros. “Não me queixo da forma como ele conduz o Senado, no entanto ele representa a situação, o governo federal”, disse.



Contas de Agripino incluem PDT



No almoço Agripino apresentou aos senadores tucanos um levantamento segundo o qual teria 42 votos. A conta do candidato pefelista, lançado na semana passada, inclui votos de senadores do PMDB e do PDT. Caso esteja certa, ela daria a ele dois votos de vantagem, já que a Casa totaliza 81 votos.



A decisão do PDT levou em conta um acordo com Renan Calheiros. Pelo acordo, o PDT presidirá a comissão de educação do Senado, que será entregue ao senador Cristovam Buarque, candidato a presidente da República nas últimas eleições. Cristovam, um dos mais reticentes da bancada quanto a se incorporar na base governista, é professor, ex-reitor da UnB e concorreu à Presidência da República este ano tendo como proposta central “uma revolução na educação”.



Da redação, com agências