Na Bolívia, UNE se incorpora à Cúpula Social Latino-americana

O encontro se propõe a lutar por uma comunidade de nações que privilegie a solidariedade e a equidade. Ocorrerá em paralelo à 2ª Cúpula da Comunidade Sul-Americana das Nações (CSN), prevista para os dias 8 e 9, com a presença de pelo menos 13 chefes de Estado.

Juan Carlos Gemio, do comitê organizador da cúpula social, disse à agência Prensa Latina que o fórum reunirá 2.500 representantes de movimentos sociais, indígenas e camponeses de toda a América Latina.

Haverá comissões que tratarão de 13 temas – como energia, infra-estrutura, instituições, assimetrias e comércio, migrações e cidadania. Os impactos negativos dos TLCs (Tratados de Livre Comércio) com os Estados Unidos também estarão em pauta.

Entre as organizações que estarão presentes, Gemio citou a Rede Alca (Colômbia), a Common Frontiers (Canadá),a Rede Mexicana de Ação face ao Livre Comércio (Rmalc) e a brasileira Rebrip (Rede Brasileira pela Integração dos Povos). Cuba estará representada por um grupo de parlamentares e representantes da Federação das Mulheres.

A lista dos participantes bolivianos inclui a Federação Sindical Única da Trabalhadores Camponeses (CSUTCB), a Central Operária Boliviana (COB), a Federação Departamental de Juntas Vicinais (Fedjuve), a Federação de Mulheres Bartolina Sisa e a Federação de Trabalhadores Camponeses do Trópico de Cochabamba (FTCTC).

Elizabeth Navarro, também integrante do comitê organizador, comentou que os movimentos sociais do continente conseguiram deter processos como o da Alca (Área de Livre Comércio das Américas, proposta neocolonialista de iniciativa dos EUA). “Agora, existe uma etapa mais ativa de propostas alternativas diante das novas ameaças do neoliberalismo, como os Tratados de Livre Comércio”, disse.