Israel aceita trocar mil palestinos por soldado aprisionado

Israel aceitou libertar cerca de mil prisioneiros palestinos em troca do soldado preso Gilad Shalit, detido há mais de cinco meses por membros da resistência palestina em Gaza, informou na terça-feira (6/12) o jornal israelense Haaretz.

“Aceitamos libertar centenas de prisioneiros, entre eles mulheres e menores de idade, e também homens mais velhos, inclusive alguns que estão há muitos anos presos”, disse uma autoridade importante, não identificada pelo jornal.


 


“O número de presos que Israel poderá libertar se aproxima de mil”, calculou. Os detidos seriam postos em liberdade em fases, começando pelas mulheres e menores.


 


O governo israelense espera o resultado da reunião de ontem, na Síria, entre o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, e o líder de seu partido, o Hamas, Khaled Mashaal, para conhecer a resposta do governo palestino.


 


Israel propôs a libertação dos prisioneiros ao chefe dos Serviços de Segurança do Egito, Omar Suleiman, que atua como mediador do conflito. Ele se reuniu na semana passada com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e com o ministro de Defesa, Amir Peretz.


 


Segundo autoridades  israelenses, o Hamas, que é considerado por eles como o movimento de resistência à ocupação que prendeu o soldado israelense, e  outros dois grupos rejeitaram o acordo caso não houvesse uma reunião entre os líderes do partido com Haniyeh.


 


O presidente egípcio, Hosni Mubarak, afirmou recentemente que Israel deveria libertar as mulheres e os menores de idade, a grande maioria aprisionadas por Israel sem acusação formal ou por delitos não comprovados, antes da libertação de Shalit.


 


Segundo o plano egípcio para a troca, nesta primeira etapa, Shalit, seria levado da faixa de Gaza ao território egípcio, em troca da libertação de mulheres e crianças. Na segunda etapa, Shalit voltaria para Israel em troca da libertação de outros grupos de prisioneiros, cujo total nos cárceres de Israel já ultrapassou os dez mil.


 


Na terceira etapa, seriam libertados os últimos da lista que, segundo o jornal israelense, seriam os que estão presos há mais tempo e que teriam cometido ataques mortais contra os ocupantes.