Chávez se diz disposto a diálogo de igual para igual com EUA

Após ser proclamado oficialmente nesta terça-feira (5/12) governante reeleito pelos próximos seis anos, Chávez reconheceu que altos funcionários norte-americanos falaram recentemente em buscar vias para melhorar as relações com a Venezuela, mas expressou suas dúvidas em relação à sinceridade dessas intenções.

A administração do presidente americano George W. Bush parabenizou o povo venezuelano na segunda-feira pelo desenvolvimento das eleições presidenciais de domingo, que Chávez venceu com 62% dos votos, e disse que espera poder ter “uma relação positiva e construtiva com o governo da Venezuela”.

“Tomara que essas vozes que surgiram em alguns lugares (dos EUA) sejam autênticas (…) se eles querem falar com um governo de igual para igual, respeitando nossas posições, estamos dispostos a conversar, mas duvido que este governo dos Estados Unidos seja sincero nisso, tenho razões fortes para duvidar”, afirmou Chávez durante coletiva de imprensa no palácio presidencial.

Novas condições
O presidente argumentou que os EUA já tentaram anteriormente uma aproximação com seu país, mas sempre “com determinadas condições”. Chávez perguntou como poderia ter “boas relações” com um governo que “financiou atividades conspiratórias e fez espionagem” na Venezuela, quinto exportador mundial de petróleo e quarto maior abastecedor dos Estados Unidos.

Chávez indicou que um diálogo aberto e em condições iguais com Washington deve conter temas como o “respeito à dignidade e às decisões” não apenas de “Venezuela, mas dos povos da América Latina”, assim como a retirada das tropas americanas do Iraque.

Da redação, com agências