Téo Vilela descarta PFL; diz que tucanos preferem Renan

O governador eleito de Alagoas e ex-presidente do PSDB, senador Teotonio Vilela Filho, foi o primeiro tucano de alto escalão a rejeitar em público a candidatura de José Agripino Maia (PFL-RN) à presidência do Senado, lançada pelos (ex?) aliados do PFL. De

Téo Vilela deu a entender que a posição é partilhada pela cúpula tucana. “Tenho trabalhado muito junto ao Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jeressaiti e ao Artur Vigílio, porque entendo que Renan continuando no Senado, ele dará espaço importante para a oposição como deu nesse primeiro governo”, afirmou. Os contatos aconteceram na semana passada, durante visita de Téo a São Paulo. FHC acaba de passar férias em Alagoas, na casa de parentes do governador eleito



''Tenho ajudado como posso''



Para Téo, se o PSDB apoiar ''outro candidato'', como Agripino, corre o risco de ficar sem postos importante no Senado. Havendo disputa, a tendência é não compor a Mesa na proporcionalmente às bancadas dos partidos, mas partir para o tudo ou nada.



''Entendo que o presidente Renan, continuando no Senado, dará, como deu nesse primeiro governo, um espaço importante para a oposição. Irmos para o embate lá, tendo Renan como candidato e um outro candidato, o PSDB corre o risco de ficar sem postos importantes, até para exercer sua oposição. Eu defendo. Tenho ajudado como posso a recondução do Renan a presidência do Senado, e do Aldo Rebelo para presidência da Câmara'', declarou.



Vornhausen: ''É justo pleitear''



Mesmo isolada, a candidatura de José Agripino foi defendida nesta segunda-feira (4) pelo presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). ''O PFL é o maior partido do Senado e é justo que possamos pleitear (a presidência). Além disso, é uma salvaguarda democrática que equilibra o parlamento nacional, especialmente para um governo que demonstrou ter garras autoritárias'', disparou.



Bornhausen se queixou, porém, de que Lula estaria tentando ''cooptar'' gente da oposição. ''Se essa decisão do presidente da República de cooptar partidos e integrantes da oposição para partidos da base aliada, nós vamos ter a repetição do quadriênio passado, na qual a cooptação comandada pelo ex-ministro José Dirceu e operada por Waldomiro Diniz deu no que deu'', ameaçou.



Da redação, com agências