Jobim confirma interesse na presidência do PMDB

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, confirmou nesta terça-feira (5) as articulações para disputar a presidência do PMDB no ano que vem. Ele quer suceder o deputado Michel Temer (SP) para tentar promover a pacificação d

A candidatura de Jobim à presidência do partido não é vista com bons olhos nas alas governista e independente do PMDB, que já impediram a articulação do Planalto em transformá-lo em interlocutor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sigla.


 



Hoje, pela primeira vez, ele confirmou que está na disputa pela sucessão. “Sou candidato à presidência. Conversei com o Temer e as coisas estão indo bem, mas não podemos atropelar isso. Isso tem que se resolver no ano que vem. Vamos deixar que as coisas ocorram normalmente”, disse Jobim após uma cerimônia no Palácio do Planalto.


 



A sucessão de Michel Temer está marcada para março de 2007. Apesar de já articular viabilização de seu nome, o ex-ministro do STF descartou a hipótese de antecipar o pleito interno.


 


Temer de novo



Também não está descartada a manutenção de Temer na presidência do PMDB. Depois que o partido, com apoio de Temer, resolveu aderir oficialmente ao governo Lula, houve uma pacificação entre as alas do partido e, tanto os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) quanto os deputados Jader Barbalho (PMDB-PA) e Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) apontam Temer como boa alternativa para presidir a legenda.


 



“Qual o problema de ser um ou outro o presidente do partido?”, indagou Renan, referindo-se à Jobim e Temer. “O importante é que o partido esteja unido e tenha uma executiva nacional representativa desta união.”


 



Ao mesmo tempo em que participa da articulação a favor de Temer, Renan movimenta-se para se livrar da imagem de “candidato chapa-branca” à presidência do Senado. O candidato da oposição, José Agripino Maia (PFL-RN), tem explorado essa questão e pregado a independência do Congresso em relação ao governo. “Esta disputa do candidato do governo contra o candidato da oposição não haverá no Senado”, afirmou Renan.


 


Da redação,
com informações das agências