Ex-presidente paraguaio é condenado a oito anos de prisão
O ex-presidente do Paraguai Luis González Macchi foi condenado nesta segunda-feira (4/12) a oito anos de prisão pelos crimes de enriquecimento ilícito e falsa declaração de bens.
Publicado 05/12/2006 11:05
Além disso, o tribunal paraguaio determinou o pagamento de uma multa de 3 bilhões de guaranis (cerca de US$ 550 mil) e ordenou o bloqueio de aproximadamente US$ 370 mil que o ex-líder tinha em uma conta bancária, junto com sua mulher, Susana Galli, na Suíça.
Os juízes absolveram a mulher de González Macchi, assim como o empresário e amigo do ex-casal presidencial Reinaldo Domínguez Dibb, ambos processados no mesmo caso.
O tribunal recomendou que González Macchi, devido a sua condição de ex-presidente, fique detido no Regimento da Guarda Presidencial até que a sentença seja ratificada. A Procuradoria tinha solicitado dez anos de prisão para González Macchi, quatro para a ex-primeira-dama e cinco para o empresário amigo da família.
Enriquecimento ilícito
Ao informar o veredicto, a presidente do tribunal, Gloria Hermosa, considerou provado que o ex-líder forneceu uma declaração falsa de bens no fim de seu mandato, em agosto de 2003.
Sobre o crime de enriquecimento ilícito, a juíza afirmou que “a defesa não conseguiu provar com documentos” a origem do dinheiro depositado na conta conjunta aberta em uma entidade bancária na Suíça.
Em 19 de novembro, os juízes declararam o arquivamento, por vencimento do prazo, de uma parte do processo. Por isso, o ex-presidente não teve de responder por outra conta bancária aberta em 2001 em um paraíso fiscal do Caribe com um saldo de mais de US$ 600 mil.
Em junho de 2006, González Macchi foi condenado a seis anos de prisão pelo crime de “quebra de confiança”, por ter desviado para os Estados Unidos US$ 16 milhões de dois bancos privados que faliram durante sua gestão. Porém, foi absolvido em setembro por um tribunal de apelação.
Da redação, com agências