Dulci prevê que base unida vencerá na Câmara e Senado

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, manifestou nesta terça-feira (5) a “certeza de que “os partidos da coalizão chegarão à eleição nas duas Casas unificados” e a maioria governista “tem condições de eleger, tanto

Dulci analisou a disputa pela presidência da Câmara e disse que base aliada do governo constitui maioria e tem legitimidade para eleger um nome. Para ele, “é fundamental que haja a disposição de se verificar, na prática, dialogando com os partidos, qual é o nome que melhor unifica a base”.



O ministro afirmou que o governo de coalizão proposto pelo presidente Lula para o segundo mandato, representa um avanço na própria tradição política. “A coalizão é programática. Foram levantados uma série de pontos e prioridades e todos os partidos da coalizão os sustentarão juntos. Com isso, teremos maior possibilidade de evitar aquela chamada negociação do varejo que não é benéfica nem para o Executivo nem para o Legislativo”, disse.



Confira os principais pontos da entrevista.



Sobre a presidência da Câmara:



“Todos os partidos, em princípio, têm direito de apresentar os seus candidatos, isso é da natureza do processo Legislativo. O que deve acontecer ao longo do processo é que todos os partidos da base aliada verifiquem qual é o nome que tem melhor condições de unir a própria base, de unificar os partidos da coalizão. Tenho certeza que os partidos da coalizão chegarão à eleição nas duas Casas unificados. Estamos em uma fase preliminar, onde cada partido apresenta seu pleito. O fundamental para as bancadas da coalizão é que haja esse espírito de ver quem é que unifica melhor.”



Sobre a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP):



“Em princípio, todos os nomes indicados, sejam do governo ou da oposição, são legítimos. Eu acredito que a base aliada tem condições de eleger, tanto na Câmara como no Senado, o presidente, porque ela é majoritária. Porém, a oposição tem direito de pleitear. O regimento assegura esse direito, mas eu acho que a base aliada, sendo majoritária, tem direito de eleger. O fundamental, e eu estou percebendo isso em todos os partidos, é que haja a disposição de se verificar, na prática, dialogando com os partidos, qual é o nome que melhor unifica a base.”



Sobre as virtudes da coalizão:



“Acho que ela representa um avanço na própria tradição política brasileira. A idéia do presidente Lula é de que os partidos que integrarem o governo, que fizerem parte da base aliada, tenham maior participação nas decisões e, ao mesmo tempo, maior responsabilidade na sustentação do governo no Parlamento e perante os segmentos sociais. Isso tende a dar maior estabilidade.”



“A coalizão é programática, foram levantados uma série de pontos e prioridades que todos os partidos da coalizão sustentarão juntos. Com isso teremos maior possibilidade de evitar aquela chamada negociação do varejo, que não é benéfica nem para o Executivo nem para o legislativo. Ela mesquinha muito o papel dos poderes. É claro que os parlamentares têm que ser levados em consideração. Os senadores e os deputados têm o direito de levar benefícios concretos para as suas comunidades, mas isso não precisa ser negociado de maneira fragmentada, pulverizada, esvaziando os partidos políticos. Ela pode ser uma relação organizada, programática e isso vai contribuir para melhorar muito a imagem dos Três Poderes.”



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