CUT fundamenta proposta de salário mínimo de R$ 420

A CUT mantém a intenção de propor um salário mínimo de R$ 420, a partir de março de 2007, e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,77%. A proposta será apresentada em reunião dos representantes da CUT com o governo, marcada para a próxima quinta-fe

Para o presente da CUT, Arthur Henrique, a elevação do salário mínimo não trará desequilíbrio às contas públicas. “Ao estabelecer incremento no salário mínimo, ocorre não só crescimento com distribuição de renda, mas também há um efeito dinâmico, em que as pessoas consomem mais e, por conseqüência, aumenta a arrecadação”, afirmou.



“Uma política de Estado”



Com base em dados do Dieese, o aumento proposto pela CUT geraria uma arrecadação tributária de R$ 9,6 bilhões ao ano. A CUT também defende a criação de uma política de  valorização permanente de correção do salário mínimo.



“Que seja uma política de Estado. Independente de quem esteja no governo, queremos ter condições de estabelecer uma política de que todos os anos o salário mínimo tenha um aumento real. Se isso já estivesse implanta, poderíamos trabalhar ao longo do tempo, com essa valorização, sem fazer todos os anos uma negociação”, disse Arthur Henrique.



Ontem (4), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo defende aumento do salário mínimo, atualmente de R$ 350, para R$ 367 em 2007. O aumento, de apenas R$ 17, é três vezes menor que o de R$ 50 dado em 2006.
Segundo Mantega, esse valor está de acordo com a regra de aumento pelo PIB per capita e pela inflação, quesitos que tinham projeção maior quando a regra da proposta orçamentária foi enviada ao Congresso. Entretanto, o relator da proposta orçamentária, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), defende o salário mínimo de R$ 375.